A chamada "língua geográfica" apresenta-se clinicamente como placas eritematosas irregulares, de várias formas e tamanhos, discretamente elevadas e com bordos brancos bem definidos. O padrão lembra um mapa, e apresenta exacerbações e remissões. As placas lisas são indolores, restritas ao dorso da língua e o paladar é conservado. Estas placas podem durar poucos dias ou permanecer por anos, sendo mais comum em crianças e adultos jovens.
Trata-se de uma lesão ainda enigmática, de etiologia desconhecida, embora suponha-se que existem fatores predisponentes para o seu aparecimento. Não foi ainda encontrada qualquer relação evidente entre estas lesões hormonais ou genéticas. Mas parece existir relação entre o aparecimento e/ou exacerbação das lesões e deficiências nutricionais, especialmente vitamínicas. Alguns autores apontam para trauma crônico, enquanto outros referem a existência deste tipo de lesão em algumas famílias. Há autores ainda que associam a língua geográfica a doenças psicossomáticas. Por outro lado, a língua geográfica tem sido encontrada em cerca de 10% dos pacientes com psoríase cutânea.
A língua geográfica é também chamada de glossite migratória benigna e glossite esfoliativa circunscrita.