Mais de 35 milhões de pessoas sofrem do Mal de Alzheimer atualmente, e a previsão é de que o número de casos quase dobre a cada 20 anos, de acordo com um estudo do King's College of London divulgado nesta segunda-feira, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
O número é 10% maior do que as previsões de alguns anos atrás porque as estimativas não levaram em consideração o crescente impacto da doença sobre países em desenvolvimento.
A doença de Alzheimer (DA), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos outros distúrbios cognitivos (SMITH, 1999). A DA é a forma mais comum de demência.
Em virtude de sua incidência e natureza devastadoras, a DA caracteriza um problema de saúde pública em todo o mundo (LIMA, 2006). Embora mais de 100 anos a DA é a forma mais comum de demênciapós a descrição das lesões cerebrais características da DA, ainda se discute quais são as causas dos pacientes que sofrem de demência. Os avanços nas pesquisas têm sido grandes nos últimos anos, mas estas não se traduziram em um melhor tratamento para os doentes.
Foram esclarecidos os principais aspectos da fisiopatologia da doença e já começaram os primeiros testes humanos com potencial para retardar ou impedir a progressão (modificadores da doença). Vários fatores explicam esta situação, sobretudo de que a doença tem um período de tempo pré-sintomático, a ausência de biomarcadores confiáveis para o diagnóstico ou pauci-sintomáticos nas fases iniciais, mas ainda não há uma terapêutica adequada, apenas medicamentos que aliviam os sintomas.
Referências
LIMA, J. S. Envelhecimento, demência e doença de Alzheimer: o que a psicologia tem a ver com isso? Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, 40: 469-489, 2006
SMITH, M. A. C. Doença de Alzheimer. Rev. Bras. Psiquiatr. 21 (suppl.2): 03-07, 1999 .
Imagem: www.senado.gov.br/.../saude_alzheimer.aspx