Na prática clínica é comum encontrar a expressão “aspecto geral toxemiado” para descrever, à ectoscopia, pacientes com aparente estado toxiinfeccioso agudo, em vista da presença de apatia, prostração, confusão mental e febre.
O termo também é visto em artigos científicos na área de Medicina. A título de exemplos, citam-se: "Ao exame o paciente apresentava-se toxemiado, com sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca)..." (UTIDA, 2002). "Febre alta com calafrios e aspecto toxemiado aumentam a suspeita de..." (DI NUZZO; FONSECA, 2004) Contudo, essa expressão também é usada em outras condições (“toxemia” gravídica, por exemplo) podendo levar a confusão terminológica, além de não possuir sustentação teórica na literatura como referência ao aspecto do paciente em estado infeccioso agudo. Segundo Kira e Martins (1996), um médico intensivista, às vezes, faz diagnóstico de septicemia, ao notar que o paciente está “toxemiado”, mas tem dificuldade de descrever esse termo (KIRA; MARTINS, 1996). Essa expressão é ambivalente, por levar a possível confusão com o quadro de toxemia gravídica, além de não ter sustentação na literatura médica como referência a aspecto do paciente com estado toxiinfeccioso. Encontra-se o termo "endotoxemia" em trabalhos publicados em língua inglesa (DRAISMA et al., 2009; LAMBERT, 2009; YANG et al., 2009), mas o termo não se refere à "toxemia" percebida como sinal clínico. Na literatura internacional o termo toxemia se refere à toxemia gravídica (BAKHSHAEE et al., 2008; DIELH et al. 2008). Referências BAKHSHAEE, M. et al. Hearing impairment in pregnancy toxemia. Otolaryngol Head Neck Surg. 139 (2): 298-300, 2008. DIELH, C. L. et al. Preeclampsia as a risk factor for cardiovascular disease later in life: validation of a preeclampsia questionnaire. Am J Obstet Gynecol. 198(5):e11-3, 2008. DI NUZZO, D. V. P.; FONSECA, S. F. Sickle cell disease and infection. J. Pediatr. (Rio J.), 80 (5): 347-354, 2004 DRAISMA, A. et al. Microcirculation and vascular reactivity during endotoxemia and endotoxin tolerance in humans. Shock. 31 (6):581-5, 2009. LAMBERT, G. P. Intestinal barrier dysfunction, endotoxemia, and gastrointestinal symptoms: the 'canary in the coal mine' during exercise-heat stress? Med Sport Sci. 53: 61-73, 2008. KIRA, C. M.; MARTINS, M. A. O ensino e o aprendizado das habilidades clínicas e competências médicas. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 407-413, 1996 UTIDA, Hélio et al. Trombose séptica de seios cavernosos, transverso e sigmóide e de veia jugular, associada à meningite, secundária a furúnculo nasal: Relato de Caso. Arq. Bras. Oftalmol. 65 (3: 359-362, 2002. YANG. R, et al. Bile high-mobility group box 1 contributes to gut barrier dysfunction in experimental endotoxemia. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 297 (2): R362-9, 2009. Fonte da imagem: emedicine.medscape.com/article/830594-overview
O termo também é visto em artigos científicos na área de Medicina. A título de exemplos, citam-se: "Ao exame o paciente apresentava-se toxemiado, com sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca)..." (UTIDA, 2002). "Febre alta com calafrios e aspecto toxemiado aumentam a suspeita de..." (DI NUZZO; FONSECA, 2004) Contudo, essa expressão também é usada em outras condições (“toxemia” gravídica, por exemplo) podendo levar a confusão terminológica, além de não possuir sustentação teórica na literatura como referência ao aspecto do paciente em estado infeccioso agudo. Segundo Kira e Martins (1996), um médico intensivista, às vezes, faz diagnóstico de septicemia, ao notar que o paciente está “toxemiado”, mas tem dificuldade de descrever esse termo (KIRA; MARTINS, 1996). Essa expressão é ambivalente, por levar a possível confusão com o quadro de toxemia gravídica, além de não ter sustentação na literatura médica como referência a aspecto do paciente com estado toxiinfeccioso. Encontra-se o termo "endotoxemia" em trabalhos publicados em língua inglesa (DRAISMA et al., 2009; LAMBERT, 2009; YANG et al., 2009), mas o termo não se refere à "toxemia" percebida como sinal clínico. Na literatura internacional o termo toxemia se refere à toxemia gravídica (BAKHSHAEE et al., 2008; DIELH et al. 2008). Referências BAKHSHAEE, M. et al. Hearing impairment in pregnancy toxemia. Otolaryngol Head Neck Surg. 139 (2): 298-300, 2008. DIELH, C. L. et al. Preeclampsia as a risk factor for cardiovascular disease later in life: validation of a preeclampsia questionnaire. Am J Obstet Gynecol. 198(5):e11-3, 2008. DI NUZZO, D. V. P.; FONSECA, S. F. Sickle cell disease and infection. J. Pediatr. (Rio J.), 80 (5): 347-354, 2004 DRAISMA, A. et al. Microcirculation and vascular reactivity during endotoxemia and endotoxin tolerance in humans. Shock. 31 (6):581-5, 2009. LAMBERT, G. P. Intestinal barrier dysfunction, endotoxemia, and gastrointestinal symptoms: the 'canary in the coal mine' during exercise-heat stress? Med Sport Sci. 53: 61-73, 2008. KIRA, C. M.; MARTINS, M. A. O ensino e o aprendizado das habilidades clínicas e competências médicas. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 407-413, 1996 UTIDA, Hélio et al. Trombose séptica de seios cavernosos, transverso e sigmóide e de veia jugular, associada à meningite, secundária a furúnculo nasal: Relato de Caso. Arq. Bras. Oftalmol. 65 (3: 359-362, 2002. YANG. R, et al. Bile high-mobility group box 1 contributes to gut barrier dysfunction in experimental endotoxemia. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 297 (2): R362-9, 2009. Fonte da imagem: emedicine.medscape.com/article/830594-overview