Cartaz da Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose divulgado no Rio de Janeiro na década de 1920 (SOARES, 1994).
Esta campanha de Profilaxia da Tuberculose no início do século passado faz parte da história da doença no Brasil. O especialista em história da cultura, Pedro Paulo Soares (SOARES, 1994), escreveu um belo artigo sobre a representação iconográfica da tuberculose, afirmando que aquela
"representa uma era de avanços, tanto na área do conhecimento científico sobre a doença quanto na compreensão do papel do Estado na luta contra o mal, essas imagens nos mostram um momento de transição entre o mórbido sensualismo predominante no passado e a visão social da tuberculose que prevalecerá por todo o século XX. Apesar do conteúdo didático implícito no cartaz que adota a linguagem dos quadrinhos, sugerindo uma nova postura de vida orientada por formas de conduta 'saudáveis', notamos que a influência romântica na descrição da doença situa-se no centro da composição, área estratégica, onde um grupo de mulheres simboliza a luta entre o mal, indicado por corpos que despencam em torpor, e sua prevenção, outro corpo feminino em postura ascensional, portador dos emblemas do conhecimento e da ação: o fogo e a espada." (SOARES, 1994, p. 128)
Referência
SOARES, P. P. A dama branca e suas faces: a representação iconográfica da tuberculose. Hist. cienc. saude-Manguinhos. 1 (1): 127-134, 1994.