28 de dezembro de 2010
Para ganhar um Ano Novo...
23 de dezembro de 2010
Feliz Natal!
22 de dezembro de 2010
Princípios da Medicina Ambulatorial
Medicina ambulatorial é o tipo de atenção administrada a indivíduos fisicamente auto-suficientes ou parcialmente incapacitados, sendo representativa na atenção primária à saúde. Além de sua importância no ensino médico, permite o atendimento contínuo a grande parcela populacional. A eficácia do atendimento ambulatorial deve basear-se em uma boa relação médico-doente em uma atenção continuada e integral. O atendimento ambulatorial representa mais de 90% da atividade clínica de um médico.
21 de dezembro de 2010
Projeto Didático sobre Semiologia da Dor
O objetivo deste trabalho foi relatar no XIII Encontro de Iniciação à Docência da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) a execução de prática da monitoria da disciplina de Semiologia Médica em 2010 para ensino e capacitação em avaliação semiológica da dor.
Tendo em vista a importância do conhecimento acerca da dor para a formação do profissional médico, foi desenvolvida uma atividade didática com os discentes da disciplina de Semiologia Médica, em horário destinado à monitoria desta.
Com a atividade proposta, atingiu-se instrução fundamental a respeito do tema, proporcionando ao corpo discente da disciplina, favorecendo-se o desenvolvimento da habilidade de análise semiológica a respeito das características morfológicas, funcionais e psicológicas envolvidas nos processos dolorosos, além de sua fisiopatologia.
Foi possível ainda a capacitação no que toca à mensuração de tais processos (através do uso de escalas e instrumentos desenvolvidos e previamente comprovados através de estudos para sua avaliação) e as características semiológicas a estes relacionadas, do mesmo modo que a conscientização das implicações físicas e mentais que comprometem a qualidade de vida do doente com dor crônica.
Através desta atividade, foi abordado o estudo da dor, tanto em características semiológicas quanto na avaliação através de instrumentos padronizados e estruturados. Atingiu-se instrução a respeito do tema, proporcionando aos alunos o desenvolvimento da habilidade de análise semiológica das características da dor. Exercitou-se também a mensuração da dor através de unidimensionais e multidimensionais.
Como Escalas Unidimensionais foram citadas as seguintes:
Entre as Escalas Multidimensionais que são empregadas para avaliar e mensurar as diferentes dimensões da dor a partir de diferentes indicadores de respostas, avaliando-se as dimensões sensorial, afetiva e avaliativa, salientaram-se a Escala de descritores verbais diferenciais e o Questionário McGill de avaliação da dor.
A realização deste projeto propiciou não só o aprendizado dos estudantes da disciplina, como também dos monitores envolvidos na concretização da atividade. Esse aprendizado deixa de ser explorado de maneira adequada durante a graduação em Medicina, mas é de considerável valor para o adequado manejo do processo saúde-doença do paciente, uma vez que o alívio da dor é fundamental na prática médica.
Propõe-se que haja uma maior ênfase na mensuração e na avaliação da dor em escolas médicas, que deveriam implementá-la, já em seu módulo de Semiologia, com o propósito de ensinar e disseminar o uso das instrumentos e/ou escalas de avaliação e mensuração da dor.
18 de dezembro de 2010
Semiologia das Unhas
Estudante de Graduação em Medicina da UFPB
Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Professora de Semiologia Médica da UFPB
Resumo
As unhas frequentemente apresentam sinais ou sintomas de doenças sistêmicas e muitas vezes fornecem pistas para doenças que ainda nem foram diagnosticadas em outras partes do corpo, embora seu exame seja frequentemente neglicenciado. O conhecimento do padrão normal das unhas e de suas principais alterações constitui ferramenta semiológica de extrema importância, sendo o exame das unhas parte fundamental da ectoscopia na avaliação clínica de um paciente. Na presente revisão, são mencionadas as principais anormalidades das unhas e sua correlação clínico-patológica.
Palavras-chave: Unhas. Exame Físico. Dermatoses da Mão.
As unhas são formações queratinizadas endurecidas que recobrem a última falange dos dedos das mãos e dos pés. São fixadas sobre uma superfície cutânea denominada leito ungueal. Estas lâminas de citoqueratina originam-se na matriz ungueal, que é a porção posterior da unha, recoberta por uma dobra de pele e cutícula. Além da matriz, são os seguintes os componentes das unhas: lúnula, eponíquio, lâmina ungueal, leito ungueal e hiponíquio.
A espessura normal das unhas varia entre 0,5 a 0,75 mm, com crescimento de cerca de 0,5 a 1,2 mm por semana. As unhas dos quirodáctilos crescem muito mais rapidamente que as unhas dos pododáctilos: a unha do polegar cresce cerca de 0,095 mm por dia, enquanto a unha do hálux cresce cerca de 0,006 mm por dia. Tanto a espessura quanto o crescimento da unha podem ser alterados por processos patológicos locais e sistêmicos.
As unhas são os anexos da pele que melhor refletem processos patológicos. Por isso, o exame ungueal é parte obrigatória e essencial do exame físico geral e da pele do paciente, embora seu exame seja negligenciado.
Em relação à semiologia das unhas, os principais aspectos analisados são a forma ou configuração da unha, a forma de implantação, a espessura, a superfície, a consistência, o brilho e a coloração.
Como seria uma unha normal? A unha normal apresenta uma implantação que forma um ângulo menor que 160º, o que configura uma curvatura nítida visualizada lateralmente. A unha normal tem superfície lisa e é brilhante, tem cor róseo-avermelhada, e espessura e consistência firmes. As unhas dos pés possuem constituição mais variada, e ocasionalmente fogem da descrição acima.
Devem-se examinar todas as unhas das mãos e pés e, também, as partes ao redor das unhas. As alterações ungueais causada por doenças sistêmicas ou por outras injúrias sistêmicas, como as reações medicamentosas, podem ocorrer devido às anormalidades da matriz ou vasculares. Entretanto, outras alterações podem ser observadas ao redor do aparelho ungueal, nas estruturas como cutículas, dobra ungueal proximal, leito ungueal, dobra ungueal lateral e hiponíquio.
É importante sempre examinar todos os dez dedos das mãos e todas as dez unhas. Geralmente as unhas das mãos fornecem informações mais sutis do que as unhas dos pés, porque o trauma comumente muda ou esconde determinadas manifestações clínicas nas unhas dos pés e porque estas crescem mais lentamente.
Deve-se pressionar o dedo para ver se a anomalia pigmentar é totalmente alterada. Este teste pode ajudar a distinguir a descoloração do leito vascular da unha da descoloração da lâmina ungueal.
A iluminação da unha pode ser feita com uma pequena lanterna colocada contra a polpa do dedo e com esta luz incidindo sobre a unha. Se a descoloração no tecido da matriz, a sua posição exata pode ser mais facilmente identificada. Se com a iluminação, a coloração desaparece, é mais provável que a alteração seja no leito vascular.
As mudanças associadas com doença sistêmica (e não por trauma local) ocorrem frequentemente na matriz. Para estimar o tempo em que ocorreu o insulto inicial, pode-se medir a distância entre a cutícula e a parte em que há a anormalidade.Quanto à coloração, a unha apresenta as mesmas variações da pele, podendo ser cianóticas ou pálidas. Comumente, encontram-se pacientes, em geral homens acima de 40 anos que trabalham na zona rural, que apresentam alterações na espessura das unhas, que se apresentam rugosas e com forma irregular. São unhas distróficas, vistas, em geral, em pessoas que trabalham descalças, ou sujeitas a repetidos traumatismos ungueais. As unhas distróficas também podem ser encontradas em pacientes portadores de isquemia crônica dos membros inferiores, como portadores de insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial obstrutiva periférica.
As alterações semióticas mais comumente encontradas nas unhas são decorrentes de onicomicoses, que são infecções fúngicas, responsáveis por 15 a 40% das doenças ungueais. Sua prevalência está em crescimento, por fatores como o aumento da incidência de imunodeficiências e do envelhecimento da população e do uso de calçados impermeáveis de poliamida.
As unhas também podem refletir um transtorno psiquiátrico. A onicofagia, ou ato compulsivo de roer as unhas, é comumente associada a quadros ansiosos e maníacos.
Tendo em vista o exposto, as unhas apresentam uma variedade de conformações em consonância com diversas entidades patológicas. É interessante notar que mesmo doenças sistêmicas ou localmente distantes podem refletir em alterações nas características ungueais.
O conhecimento dos padrões de uma unha normal e suas possíveis alterações é de extrema importância para a realização de um bom exame físico e, assim, de uma boa avaliação clínica.
O estudo da unhas é também uma fonte de informações em medicina legal e, mais especialmente, criminal. A análise toxicológica das unhas em Medicina Legal também pode revelar os sinais nas unhas produzidos pelo envenenamento por arsênico: faixas brancas transversais em todas as unhas (linhas de Mees).
Várias alterações das unhas recebem denominações específicas, apresentadas a seguir:
- Hemorragia em estilhaço (splinter): linhas filiformes, longitudinais, de coloração avermelhada escura, na região distal da lâmina ungueal (endocardite bacteriana subaguda, estenose mitral, glomerulonefrite, vasculite, traumas locais);
- Hiperqueratose subungueal: espessamento da unha (onicomicoses, unha em telha - unha elevada, em geral encontrada no hálux, por alteração da falange subjacente), dermatoses congênitas;
- Leuconíquia: unhas brancas consequentes a traumatismos ou doença sistêmica - a leuconíquia pode ser parcial ou total, estriada ou puntata (puntiforme), pela presença de pontos ou estrias brancas, como resultado de dano mínimo ou manipulação da cutícula;
- Linhas de Mees: faixa branca, geralmente única e que não desaparece à digitopressão (malária, intoxicação por arsênico);
- Linhas de Muehrcke: unhas com faixas brancas paralelas transversais - leuconíquia transversal (hipoalbuminemia, pelagra, doença de Hodgkin, insuficiência renal, anemia falciforme);
- Onicofagia: unhas submetidas ao ato compulsivo de roedura pelo paciente;
- Onicogrifose: unha em formato de garra - alongamento e espessamento com acentuada curvatura;
- Onicólise: separação da lâmina ungueal do leito na sua parte distal - a placa ungueal fica descolada e este descolamento começa na borda distal e progride para a proximal (onicomicoses, causas traumáticas [uso de sapatos apertados, traumas locais, manipulação excessiva por manicures], psoríase ungueal, drogas (fotonicólise por tetraciclina), doenças sistêmicas [vasculopatias periféricas, tireoidopatia]);
- Onicorrexe: fragilidade anormal das unhas que se fissuram longitudinalmente - nas formas avançadas, a unha apresenta-se rugosa, estriada e com a extremidade livre amolecida e quebradiça - também faz parte da "síndrome das unhas frágeis" - deficiências nutricionais (ferro), desidratação da unha, agressão local da unha por produtos cáusticos e imersão frequente em água;
- Onicosquizia: distrofia lamelar - a borda livre da unha apresenta-se fragmentada em duas ou três lâminas superpostas - mais comum em mulheres (associa-se ao hábito de molhar frequente as mãos, exposição a detergentes e solventes orgânicos);
- Hematoma subungueal: ocorre por trauma na lâmina ungueal com sangramento imediato e dor, podendo haver separação e perda da lâmina ungueal, e o hematoma permanece até que a unha cresça completamente;
- Pitting: pequenas depressões (puntiformes) nas unhas por focos de paraceratose na matriz ungueal, e; são observadas na psoríase.
- Paroníquia: eritema e edema periungueais, ocasionalmente acompanhados por onicodistrofia - há inflamação aguda ou crônica dos tecidos moles periungueais, assim além de eritema e edema, pode haver dor e saída de secreção purulenta à expressão (traumas locais, unhas das mãos de donas de casa devido à exposição contínua a água e produtos de limpeza - a contaminação fúngica pode acontecer, mas é geralmente secundária;
- Linhas de Beau: sulcos transversais que aparecem na base da lúnula em todas as unhas, resultantes da interrupção temporária da formação da matriz ungueal - uma vez cessada a doença de base, a unha volta a crescer e a posição do sulco vai se tornando cada vez mais distal ao leito ungueal (doença febril pregressa grave, infarto do miocárdio, farmacodermias, psoríase, doença de Raynaud, trauma local, exposição a frio intenso);
- Unhas amarelas: podem fazer parte da Síndrome da Unha Amarela (entidade rara: unhas amarelas, linfedema e derrame pleural);
- Síndrome da unha azul: a lúnula adquire coloração azulada (argiria, Doença de Wilson);
- Unhas metade-metade ou Unhas de Lindsay: a metade proximal da unha é normal ou esbranquiçada, enquanto a porção distal (20-60% do comprimento da unha) pode ser roxa, vermelha, rosa ou marrom (indicam doença renal crônica - encontradas em até um terço dos pacientes com doença renal crônica submetidos a hemodiálise);
- Unhas de Terry: alteração parecida com a anterior, exceto por ser a parte distal rosada bem estreita; podem ser observadas em pacientes com cirrose hepática e insuficiência cardíaca congestiva;
- Unhas napolitanas: três faixas similares às cores do sorvete napolitano, isto é, uma porção proximal com branco, um rosa central normal e uma borda livre distal opaca - vista em até 20% das pessoas acima de 70 anos;
- Estrias longitudinais: alteração no crescimento da unha; um único sulco longitudinal pode estar relacionado com a pressão que exercem tumores na dobradura ungueal, cistos mixoides; se forem múltiplos podem ser fisiológicas, onicorrexe ou unha senil, insuficiência vascular, líquen plano, artrites reumatoide;
- Distrofia mediana canaliforme: estria longitudinal e recorrente da unha, geralmente nos polegares; a unha pode ficar dividida na parte mediana - traumatismos auto-infligidos, traumas, tumores;
- Unhas em “vidro de relógio” (unhas hipocráticas): unha com a convexidade exagerada, configurando um aspecto em “vidro de relógio” - a unha fica convexa em todos os seus sentidos, e ainda apresenta um ângulo de implantação maior que 160º (em geral, 180º) - apesar de ser caracteristicamente patológica, essa anormalidade pode ser encontrada em algumas pessoas de raça negra sem nenhuma enfermidade, porém em condições patológicas podem indicar doenças crônicas, especialmente pulmonares e cardíacas, que cursam com hipóxia crônica de extremidades, como cardiopatias congênitas cianóticas, insuficiência cardíaca congestiva de longa data, enfisema pulmonar, fibrose cística, bronquiectasia, abscesso pulmonar, câncer de pulmão, entre outras - nesse quadro hipóxico/isquêmico, a “unha-em-vidro-de-relógio” faz parte do denominado hipocratismo digital;
- Unha vermelha: lúnula vermelha, associada a alopecia areata, doença vascular do colágeno, uso de prednisona oral na artrite reumatoide, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, cirrose hepática, urticária crônica, psoríase, intoxicação por monóxido de carbono;
- Coiloníquia: unhas em forma de colher, com depressão central e elevação lateral da lâmina ungueal (anemia ferropriva, policitemia, hemocromatose, sífilis, hipotireoidismo) - [figura no topo desta postagem];
- Cromoníquia: unhas de coloração anormal - branco-esverdeada (infecção por pseudomonas), castanho-avermelhado (trauma local por calçados) ou várias outras cores (infecção por fungos, exposição a agentes externos - medicamentos, corantes);
- Melanoníquia: coloração acastanhada de origem adquirida da unha (onicomicoses, traumas locais, deficiência de vitamina B12, etiologia racial, lesões névicas da matriz ungueal);
- Síndrome das unhas frágeis: anomalia heterogênea caracterizada por aumento da fragilidade da placa ungueal - unhas quebradiças; presença de onicosquizia e onicorrexe - afeta quase 20% da população geral, ocorrendo mais em mulheres;
- Onicocriptose: chamada vulgarmente de "unha encravada" ou encarcerada; é uma condição comum que ocorre geralmente por fator mecânico, representado por sapatos apertados, manipulação excessiva por pedicures ou hiper-curvatura excessiva da unha, afetando geralmente o hálux; a unha penetra a prega ungueal lateral e cresce para dentro da derme, causando dor intensa e edema, além de várias morbidades associadas. Apesar de alguns fatores subjacentes terem sido identificados (agentes mecânicos como calçados inadequados, traumatismos, corte incorreto e fatores hereditários), sua etiologia precisa permanece desconhecida;
- Onicomadese: descolamento proximal da placa ungueal partindo da matriz, que resulta em perda da unha; geralmente ocorre por agressão aos componentes matriciais e culmina com o descolamento completo da placa ungueal (traumatismos, desnutrição, doenças crônicas);
- Onicofose: hiperqueratose difusa ou localizada nas pregas laterais ou proximal da unha, no espaço entre as pregas da unha e a placa ungueal - resultado de pequenos traumas repetidos, sendo o primeiro e o quinto dedos dos pés os mais comumente afetados;
- Pterígio ungueal: adesão da parte proximal do leito ungueal à face ventral da lâmina da unha - há uma forma congênita e outra adquirida (associado às doenças do tecido conjuntivo, especialmente a esclerodermia sistêmica progressiva);
- Unha em "bico de papagaio": hiper-curvatura na margem distal da unha, costuma respeitar o leito ungueal - associa-se a psoríase, esclerose sistêmica e traumatismos;
- Unha em "mancha de óleo": mancha amarelada no leito ungueal - associa-se à psoríase;
- Traquioníquia: unhas com aumento da espessura, estriações longitudinais, rugosidade, aspereza e opacidade - pode ser idiopática (desde a infância, também descrita como distrofia das vinte unhas), estar associada a algumas dermatoses ou ainda ser secundária à exposição a agentes químicos;
- Unha "em pinça": hiper-curvatura da unha no eixo transversal, provocando o pinçamento do leito ungueal em sua porção distal - a curvatura da unha aumenta da porção proximal para a distal, o que pode gerar a aparência de trompete - pode ser hereditária (simétrica) ou adquirida (assimétrica, secundária a defeito ortopédico ou dermatose crônica)
- Unha "em telha": também há hiper-curvatura transversa da unha, porém com as margens laterais permanecendo paralelas, sem pinçamento como na unha "em pinça";
- Unha "em garra": As unhas crescem em forma de garra em virtude de perda do suporte ósseo, uso de salto alto e de sapatos apertados - pode estar associada a calosidade local;
-Paquioníquia: condição hereditária, difeente da hiperceratose subungueal, e caracterizada por espessamento anormal de todas as unhas das mãos e dos pés;
Imagens com anormalidades das unhas podem ser vistas neste mesmo blog, acessando-se o seguinte link:
http://semiologiamedica.blogspot.com.br/2013/07/anormalidades-das-unhas.html
Referências
AZULAY, R. D. Dermatologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, cap. 1, p. 3-11.
BARAN, R; NAKAMURA, R. Doenças da Unha: Do Diagnóstico ao Tratamento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
COSTA, I. M.; NOGUEIRA, L. S. C.; GARCIA, P. S. Síndrome das unhas frágeis. An. Bras. Dermatol. 82 (3): 263-267, 2007.
LEAL, R.; CESARINI, L. V. M.; AMADO, A. et al. Distrofia das 20 Unhas. An bras Dermatol, 76 (2):189-193, 2001.
MARTINEZ, M. A. R. et al. Alterações ungueais nos pacientes portadores de insuficiência renal crônica em hemodiálise. An. Bras. Dermatol. 85 (3): 318-323, 2010.
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Cap 7, p. 100-117.
SCHWARTZ, R. A.; BARNETT, C. Muehrcke Lines of the Fingernails. Medscape e-medicine. Disponível em: www.emedicine.medscape.com/article/1106423-overview. Acesso em: 18 dez. 2010.
SEIDEL, H. M. Mosby: Guia de Exame Físico. 6a. Ed. São Paulo: Elsevier, 2007.
YARAK, S; ARAÚJO, T. M. A. Afecções ungueais nas doenças sistêmicas. O que as unhas podem dizer-nos? Revista Brasileira de Medicina, 9 (66): 15-19, 2008.
TASSARA, G.; PINTO, J. M.; GUALBERTO, G. et al. Tratamento de unha em telha pela técnica de Zook: relato de cinco casos. An. Bras. Dermatol. 83 (3): 237-241, 2008.
ZANARDI, D. et al. Avaliação dos métodos diagnósticos para onicomicose. An. Bras. Dermatol. 83 (2): 119-124, 2008.
17 de dezembro de 2010
Tórax Instável: Respiração Paradoxal
Sinal de Nikolsky, Sinal de Asboe-Hansen e Sinal de Sheklakov
16 de dezembro de 2010
SEMIOQUIZ: Diplopia e abscessos cutâneos múltiplos
Foi realizada uma eletromiografia, que sugeriu a presença de um distúrbio da transmissão neuromuscular. O diagnóstico clínico de botulismo foi presumido e o paciente recebeu tratamento empírico com antitoxina botulínica equina trivalente e terapêutica antimicrobiana. Os abscessos foram cirurgicamente debridados.
Posteriormente, a toxina botulínica foi detectada no soro e o Clostridium botulinum foi cultivado a partir de secreção dos abscessos.
O paciente foi extubado após duas semanas, mas a recuperação neurológica completa demorou vários meses.
A toxina botulínica interrompe irreversivelmente a estimulação induzida pela liberação de acetilcolina nas sinapses colinérgicas periféricas.
A síndrome clínica resultante é normalmente caracterizada por neuropatia craniana bilateral e fraqueza muscular descendente simétrica.
Injeções subcutâneas ou intramusculares de heroína podem estar contaminadas com esporos de C. botulinum, constituindo um importante fator de risco para o desenvolvimento do botulismo da ferida.
Referência: SAM, A. H.; BEYNON, H. L. C. Wound Botulism. Images in Clinical Medicine. N Engl J Med, 363: 2444, 2010. Publicado em dezembro de 2010.
15 de dezembro de 2010
14 de dezembro de 2010
Febre de Origem Indeterminada
Febre de Origem Indeterminada (FOI) é classicamente definida como a ocorrência de temperatura axilar maior que 38,3ºC, com pelo mínimo três semanas de evolução e diagnóstico incerto após uma semana de investigação hospitalar. Classifica-se em clássica, nosocomial, no neutropênico e no paciente infectado pelo HIV. Diagnósticos errôneos são frequentes diante de um paciente portador de FOI.
Hematologia e bioquímica sanguínea (hemograma e hematoscopia, velocidade de eritrossedimentação, pesquisa de hematozoários em gota espessa, transaminases, fosfatase alcalina (muito útil), bilirrubinas, eletroforese de proteínas, uréia e creatinina hormônios tireóideos: TSH e T4 livre), desidrogenase láctica), culturas (aeróbios, anaeróbios e BAAR), hemoculturas; culturas de urina e fezes; culturas de secreções corporais (escarro, lavado gástrico, derrame pleural, ascite, líquor, medula óssea); urina e fezes urina de rotina (elementos anormais e sedimentoscopia), exame parasitológico das fezes, pesquisa de sangue oculto nas fezes Sorologia antiestreptolisina O (ASLO) (febre reumática), fator antinúcleo (FAN), fator reumatóide, VDRL, FTA-abs (sífilis), imunofluorescência e ELISA para Trypanosoma cruzi, pesquisa de anti-VEB (mononucleose infecciosa), anticorpos antitoxoplasma (IgM e IgG), reações de aglutinação anti-Brucella e anti-Salmonella typhi, sorologia para calazar, anticorpos anti-citomegalovírus, anti-HIV (SIDA/AIDS), anti-VHB (anti-HBsAg, IgG e IgM anti-HBC), proteína C-reativa (PCR) quantitativa.
11 de dezembro de 2010
Nível das escolas no Brasil passa ‘de desastroso a muito ruim‘, segundo ‘Economist’
Em edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist diz que dados recém-divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a educação brasileira teve “ganhos sólidos” na última década. Ainda assim, a revista afirma que “o progresso recente meramente elevou o nível das escolas de desastroso para muito ruim”. A Economist se referia à divulgação, na última terça-feira, do 4º Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mediu o nível da educação em 65 países. O Brasil ficou na 53º colocação, tendo obtido 412 pontos em leitura, 386 em matemática e 405 pontos em ciência. O desempenho do país em cada uma das três áreas foi, em média, 20 pontos superior ao registrado no último teste, em 2006. O resultado fez com que a OCDE considerasse que o caso brasileiro revelava “lições encorajadoras”. Em entrevista à Economist, a pesquisadora Barbara Bruns, do Banco Mundial, cita entre os motivos para a melhoria o sistema brasileiro de avaliação escolar, criado há 15 anos. “De um ponto de partida em que não havia nenhuma informação sobre o aprendizado do estudante, as duas (últimas) presidências construíram um dos sistemas de medição de resultados educacionais mais impressionantes do mundo”, disse ela. Apesar do avanço, a revista diz que dois terços dos jovens de 15 anos são incapazes de fazer qualquer coisa além de aritmética básica. “Mesmo escolas privadas e pagas são medíocres. Seus pupilos vêm das casas mais ricas, mas eles se tornam jovens de 15 anos que não se saem melhor que um adolescente médio da OCDE”, afirma a publicação. Segundo a Economist, uma das razões para a má qualidade do ensino é o desperdício de dinheiro. “Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias”, diz a revista. A publicação afirma ainda que, exceto em poucos locais, professores podem faltar em 40 dos 200 dias escolares sem ter o salário descontado. A Economist diz que o país estabeleceu a meta de alcançar a média da OCDE na próxima década, mas alerta que, “no ritmo atual, chegará só até a metade do caminho”. A solução, aponta a revista, é propagar iniciativas como a da cidade do Rio (que combate a falta de professores dando pagando bônus às escolas que atingirem metas) e a do Estado de São Paulo (que criou plano de carreira a professores que vão bem em testes de conhecimento). “Se o Brasil alcançar a nota, será porque conseguiu espalhar essas práticas inovadoras por todos os cantos”, conclui a revista.
9 de dezembro de 2010
Atividade Extensionista Ambulatorial para o Estudante de Medicina
2 de dezembro de 2010
Complexo Pênfigo-Penfigóide
O Complexo Pênfigo-Penfigóide compreende um grupo de dermatoses auto-imunes que apresentam acantólise. É uma bulose, ou seja, uma dermatose que evolui clinicamente com surgimento de bolhas na pele e nas mucosas. A participação de fenômenos auto-imunes está demonstrada pela presença de anticorpos reagentes nos espaços intercelulares da epiderme. A principal diferença entre pênfigo e Penfigóide é o fato de que no Penfigóide as bolhas são sub-epiteliais e no Pênfigo são intra-epiteliais.Palavras-chaves: Pênfigo. Penfigóide Bolhoso. Dermatologia. O Complexo Pênfigo-Penfigóide compreende um grupo de dermatoses de etiologia desconhecida, que apresentam alterações patológicas nas pontes intercelulares da epiderme, com diminuição ou perda da união entre as células (acantólise).