Pesquisa de Andrade et al. (2012), publicada neste mês de fevereiro na Revista PLoS ONE, mostrou que 10% da população em São Paulo tem doenças psiquiátricas graves. Esse índice está acima da média de outros 14 países, segundo a Organização Mundial da Saúde. Nos EUA, a prevalência é de 5,7%.
A violência urbana, problemas com transporte e falta de apoio social são possíveis fatores que explicam a elevada frequência de transtornos mentais na população; 54% dos entrevistados relataram ter vivido uma experiência ligada a crimes (vítima ou testemunha de assaltos e sequestros).
Apenas um terço dos entervistados com transtornos graves recebeu tratamento nos 12 meses anteriores às entrevistas.
Apenas um terço dos entervistados com transtornos graves recebeu tratamento nos 12 meses anteriores às entrevistas.
Os autores avaliaram uma amostra representativa de domicílios de 5.037 adultos foi entrevistada com a OMS Composite International Diagnostic Interview (CIDI), para gerar diagnósticos de DSM-IV de transtornos mentais dentro de 12 meses antes da entrevista. Regressão logística múltipla foi utilizada para avaliar correlatos individuais e contextuais de distúrbios, tratamento e gravidade.
Referência
ANDRADE, L. et al. Mental Disorders in Megacities: Findings from the São Paulo Megacity Mental Health Survey, Brazil. PLoS ONE, 7 (2): e31879. Disponível em: http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0031879;jsessionid=4151EEE277978104A67C1B5132944915. Acesso em: 26 fev. 2012.