7 de julho de 2012

Grupos de Pesquisa do CCM/UFPB Certificados no CNPq


Números registrados na  página da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revelam que em 14 de junho de 2012 (última atualização) havia 335 grupos de pesquisa das diversas áreas do conhecimento na UFPB,   certificados por esta instituição no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
As informações exploradas ao longo desta postagem foram obtidas mediante consulta online à página da PRPG/UFPB (BRASIL, 2012a) e do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, CNPq (BRASIL, 2012b)
No Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPB, figuram sete grupos certificados até esta última atualização (Tabela 1).

Tabela 1- Relação dos Grupos de Pesquisa e seus respectivos Líderes, datas de certificação e de atualização - Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) -junho de 2012. 

Fonte: PRPG/UFPB

A estes sete grupos certificados atualmente correspondem 29 linhas de pesquisa (Tabela 2). 

Tabela 1- Número de linhas de pesquisa, pesquisadores e estudantes registrados nos Grupos de Pesquisa do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em junho de 2012 (PRPG/UFPB)


Objetivos e Linhas de Pesquisa dos Grupos do CCM, conforme informações obtidas mediante consulta online à página da PRPB/UFPB (BRASIL, 2012a) e do Diretório dos Grupos no Brasil do CNPq (BRASIL, 2012b)

- Objetivos: O foco principal dos estudos estará dirigido para o binômio materno-infantil, no entanto a contextualização contemporânea exige uma abrangência que ultrapassa e transcende este binômio, haja vista os problemas relacionados com a gestação precoce, gestações tardias, reprodução assistida, morbidade e mortalidade maternas, etc. A meta principal é realizar estudos que resultem em informações científicas capazes de mudar ou aperfeiçoar conceitos e ações que visem a integralidade e universalidade de políticas públicas de saúde da criança, do adolescente e da mulher. As atividades do grupo terão um impacto direto na melhoria do planejamento de ações médico-preventivas na área e poderão contribuir para o desenvolvimento de novos procedimentos, ferramentas de intervenção e produtos no âmbito do SUS. A nível acadêmico essas atividades refletirão na preparação adequada e qualificada de recursos humanos na área. O trabalho desenvolvido contribuirá para o conhecimento das necessidades da atenção à Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher da região nordeste do Brasil, a nível primário, secundário e terciário.

- Objetivos: Contribuir na definição dos caminhos da Educação Popular em Saúde no atual contexto institucional do Sistema Único de Saúde. Contribuir na humanização do SUS através da identificação de entraves e estratégias de aperfeiçoamento de suas relações com a população e seus movimentos organizados. Contribuir na compreensão das dinâmicas subjetivas e culturais envolvidas no processo de adoecimento e de luta pela saúde. -enfatizar o estudo da espirtitualidade de forma a entender as dinâmicas subconscientes presentes no trabalho em saúde. Contribuir na construção de estratégias pedagógicas para o fortalecimento da organização popular e para o resgate da altivez dos grupos subalternos de forma a criar uma sociedade mais justa, igualitária e participativa. Identificar as contribuições da Educação Popular na formação dos trabalhadores em saúde numa perspectiva de envolvimento com as iniciativas populares de saúde.

-Objetivos: As repercussões dos estudos desse grupo está concentrado primeiramente no grupo alvo que certamente será beneficiado c/ as conclusões dos trabalhos que visará contribuir p/ melhoria prognostica através de propostas a partir dos resultados obtidos, que condicionem proveito p/ o grupo alvo. Por outro lado, essa linha de estudo focada em visão atualista e futurista,certamente vem preecher uma lacuna no nosso meio local e ao mesmo tempo, engrossar as vias diretamente interessadas no assunto proposto por grupo de trabalho de forma e visão interdisciplinar.

- Objetivos: Conhecer a distribuição, a prevalencia e o controle da hipertensão arterial nos pacientes atendidos no ambulatório de cardiologia do hospital universitário Lauro Wanderley.

- Objetivos: - Avaliação da semiologia clínica a partir do paradigma da medicina baseada em evidências; - Realização de estudos epidemiológicos, visando a contribuir para identificação de doenças na região predominantemente nos pacientes que são assistidos no Serviço de Clínica Médica Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB; - Difusão de conhecimentos que possam contribuir para a complementação da formação acadêmica do aluno da área da saúde, em especial nas áreas de propedêutica clínica, observando-se o caráter informativo, assim como a abrangência do tema escolhido com foco de sua atenção perfeitamente relacionado com o campo de saberes da saúde para o graduando em medicina geral; - Incentivo e suporte à participação de seus membros em equipes de pesquisa, objetivando a iniciação ao método científico e à produção científica.
- Linhas de Pesquisa:
-- SEMIOLOGIA DAS NARRATIVAS DOS DOENTES
-- SEMIOLOGIA DO IDOSO
-- SEMIOLOGIA E DOENÇAS CRÔNICAS
-- SEMIOLOGIA E ENSINO
Link: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0083401T2AJV5C

- Objetivos: Não explicitados até 14/07/2012.
Link:

- Objetivos: Considera-se que a atual proposta é pioneira, meritória, contemporânea e de relevância social particularmente para a região Norte- Nordeste. Regiões com escassas investigações no âmbito dos Transtornos da Conduta Alimentar, principalmente da Obesidade Mórbida e Cirurgia Bariátrica. Por outro lado, também se entende que este núcleo é extremamente proeminente para o desenvolvimento científico e tecnológico no contexto universitário e da região por tentar produzir cientificamente e formar recursos humanos em uma área emergente, fundamental para as ciências médica. Ainda nesta perspectiva, convém salientar que devido à experiência prévia do Núcleo na área de estudos clínicos, avalia-se que as linhas de investigação são pertinentes, com os recursos humanos adequados para alcançar os objetivos e as metas propostas. É importante ressaltar a existência da equipe multidisciplinar e a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento do núcleo. Recentemente o Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal da Paraíba está em pleno processo de crescimento científico no que se refere à tríade: ensino, pesquisa e extensão. Como também estimula a formação de recursos humanos demonstrada pela participação de docentes com titulação de mestre em programas de doutoramento para melhorar o suporte acadêmico. A importância do apoio desta proposta para este núcleo de pesquisa torna-se de considerável relevância para a formação de profissionais e estudantes na área de saúde, corroborando o conhecimento no contexto dos Transtornos da Conduta Alimentar e da Obesidade e Cirurgia Bariátrica.
-Linha de pesquisa:

Referências
BRASIL. Universidade Federal da Paraíba. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Grupos de Pesquisa Certificados pela UFPB. 2012a. Disponível em: http://www.prpg.ufpb.br/portal/index.php/pesquisa/grupos-de-pesquisa. Acesso em: 07 jul. 2012.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. 2012b. Diretório de Grupos de Pesquisa. Disponível em: http://www.cnpq.br/gpesq/saibamais.htm/. Acesso em: 07 jul. 2012.

--------- ATUALIZAÇÃO EM 2013 --------


Em 18/04/13: Houve nova atualização da lista de grupos de pesquisa certificados pela UFPB. Nesta atualização, feita em 2013, figuram cinco grupos no CCM certificados pelo CNPq  (BRASIL, 2013).

Discussão dos Dados Observados
A articulação entre ensino e pesquisa oportuniza a vivência em iniciação científica pelos graduandos de Medicina. A iniciação científica é um instrumento pedagógico, implementado no Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPB no Programa de Iniciação Científica, mas também pela realização dos trabalhos de conclusão de curso (recentemente implementada no curso de medicina) e pelos grupos de pesquisas ativos. 
A formação de grupos de pesquisa tem fomentado as especialidades do conhecimento e oportunizado a produção científica, bem como o diálogo interdisciplinar.
Em 2012, conforme mostrado no início desta postagem (iniciada em 07/07 2012), os grupos de pesquisa da UFPB possuíam de 1 a 8 linhas de pesquisa, eram compostos por 2 a 12 doutores (6, em média) e de 0 a 12 graduandos de Medicina (6, em média). Dois grupos figuraram como atípicos por não possuir estudante e ter mais de 12 pesquisadores. Esta classificação de grupos em atípicos e consolidados foi feita de acordo com o CNPq (BRASIL, 2012). 
Os grupos cadastrados em 2012 foram sete: Saúde da Criança e da Mulher, Educação Popular em Saúde, Distúrbios Respiratórios e Envelhecimento, Doenças Prevalentes do Sistema Cardiovascular, Semiologia Médica, Transtornos Alimentares. Em 2013, há cinco grupos cadastrados, três dos anteriores foram descredenciados e um novo foi criado (Imaginologia).  Em 2012, três estavam em consolidação e quatro em formação; em 2013, dois em consolidação, três em formação. Os grupos pertencem a áreas distintas da Medicina e não se verifica interdisciplinaridade, pelo menos no tocante às temáticas enfocadas nos grupos.
Não há grupos de pesquisa consolidados no CCM/UFPB, segundo os critérios do CNPq. As áreas do conhecimento são distantes entre si, não há interdisciplinaridade na maioria deles e dois são considerados atípicos. Há poucos estudantes de Medicina incluídos, embora a maioria dos pesquisadores tenha titulação de doutor. 
Há necessidade de consolidação dos grupos de pesquisa do CCM/UFPB e de inclusão de maior número de estudantes.

Referência
BRASIL. Universidade Federal da Paraíba. Grupos de Pesquisa Certificados pelo CNPq. 2013. Disponível em: http://www.prpg.ufpb.br/portal/index.php/grupos-de-pesquisa/74-grupos-de-pesquisa. Acesso em: 18 abr. 2013.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. 2012. Diretório de Grupos de Pesquisa: Manual do Líder de Grupo. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/diretorioc/html/lider/manual.html. Acesso em:  18 abr. 2013.