Figura 1 - Vista frontal do abdome
Figura 2 - Vista lateral do abdome
Resumo do Quadro Clínico
Uma mulher de 77 anos foi atendida em serviço de emergência para avaliação de dor abdominal localizada no quadrante inferior esquerdo abdominal e "inchaço" no local há três dias. Três semanas antes, ela recebeu um diagnóstico de herpes zoster à esquerda no abdome (dermátomo T12), e fez um curso de sete dias com valaciclovir.
O interrogatório sistemático foi normal, exceto por constipação, que não tinha respondido a mudanças dietéticas e supositório.
O exame físico mostrava notável distensão dolorosa e edema no quadrante inferior esquerdo do abdome, com lesões vesiculares e crostosas na pele suprajacente (Figuras 1 e 2, acima).
O interrogatório sistemático foi normal, exceto por constipação, que não tinha respondido a mudanças dietéticas e supositório.
O exame físico mostrava notável distensão dolorosa e edema no quadrante inferior esquerdo do abdome, com lesões vesiculares e crostosas na pele suprajacente (Figuras 1 e 2, acima).
Diagnóstico e referência serão publicados após postagem de comentário com hipótese diagnóstica para o quadro.
17/07/2012
17/07/2012
Diagnóstico: Pseudo-hérnia posherpética.
A tomografia computadorizada do abdome
revelou convexidade da parede inferior esquerdo do abdome em comparação com o direito e não revelou defeito
fascial na parede.
Pseudo-hérnias são definidas como saliências limitadas da parede
abdominal, sem defeito estrutural, e constituem uma complicação conhecida de
vários processos patológicos, incluindo a radiculoneuropatia diabética, a doença
de Lyme, a polimiosite e a reativação de herpes zoster. Classicamente, a reativação
da infecção de herpes zoster afeta as raízes nervosas sensoriais, no entanto,
poderá ocorrer envolvimento motor, que se expressa por paresia diafragmática,
superior e inferior e da musculatura abdominal.
Os sintomas de pseudohernia da parede abdominal ocorrem tipicamente
dentro de duas semanas após a erupção cutânea e incluem, tipicamente, uma
protuberância abdominal na região do dermátomo afetado. Os pacientes têm um bom
prognóstico, com a maioria tendo resolução completa dos sintomas dentro de 18
meses.
Referência
PULIA, M. S.; SIELAFF, A.; CALDERONE, B. A. Postherpetic Pseudohernia. Annals of Emergency Medicine, 60 (1): 11, 2012. Disponível em: http://www.annemergmed.com/article/PIIS0196064411018853/fulltext. Acesso em: 17 jul. 2012.
PULIA, M. S.; SIELAFF, A.; CALDERONE, B. A. Postherpetic Pseudohernia. Annals of Emergency Medicine, 60 (1): 11, 2012. Disponível em: http://www.annemergmed.com/article/PIIS0196064411018853/fulltext. Acesso em: 17 jul. 2012.