O Professor Doutor Celmo Celeno Porto veio ao 6º Congresso
Paraibano dos Estudantes de Medicina (VI CPEM), evento realizado pelos alunos do Centro Acadêmico Napoleão Laureano do curso de medicina da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Nós tivemos a honra e a alegria de
receber um convidado muito especial no VI CPEM, congresso realizado pelos alunos do curso de
medicina da UFPB, através do seu centro acadêmico no último fim de semana. O Professor Celmo Celeno Porto aceitou amavelmente o convite dos nossos estudantes e chegou a esta universidade encantando a todos que tiveram o privilégio de ouvir suas ideias inspiradoras.
Como
professora de Semiologia, quero ressaltar o contentamento em conhecer pessoalmente, recebendo na nossa escola este grande mestre do ensino de Semiologia Médica, que até então só conhecia através
de seus livros. Foi estimulante, enquanto docente de Semiologia há 18 anos, e aficionada pela propedêutica médica, assistir às palestras ministradas pelo Prof. Porto no VI CPEM. É uma pena que a greve vigente na universidade há três meses tenha esvaziado o campus reduzindo o número de estudantes presentes neste evento, sobretudo pela ausência do grande contingente de alunos que mora em outras cidades e estados vizinhos.
O Prof. Porto proferiu uma
palestra esplêndida sobre “A Semiologia no Século XXI” para uma plateia de
jovens alunos, ávida por ouvi-lo, e com a qual ele pareceu ter uma
sintonia imediata, o que é plenamente natural pois sua vida profissional foi dedicada ao ensino e ao trabalho de orientar estudantes de
medicina. Claramente vimos um professor apaixonado pelo que
faz após 50 anos de docência em medicina. O prazer de ensinar e falar de Semiologia transpareciam em sua expressão.
Sua disposição em participar do evento nos cativou também. Mesmo no dia em que chegou a João
Pessoa, e após uma palestra sobre ensino de Semiologia em uma mesa redonda - a
qual tive a grande satisfação de integrar -, ele parecia muito receptivo e bem humorado, já às 23h00, autografando os livros enquanto os nossos estudantes, tanto
daqui da UFPB, quando da Universidade Federal da Campina Grande e das
faculdades particulares de medicina da Paraíba, faziam fila para falar
diretamente com ele e tirar fotos ao seu lado.
Enquanto via os alunos com seus livros de Semiologia sob o braço, percebi a magnitude de sua influência sobre eles após terem cursado a iniciação ao exame clínico lendo o "Portão" e o "Portinho", como chamam carinhosamente o livro de referência "Semiologia Médica" e o livro "Exame Clínico", respectivamente.
Para nós, não é possível separar o Professor Celmo Porto de sua bibliografia. Ele é autor do livro "Semiologia Médica", referência essencial na formação do médico brasileiro. Sua produção científica é composta por livros escritos ou organizados por ele, por artigos publicados em revistas e por conferências realizadas por todo o país. E em tudo, está sempre atento aos estudantes.
Quem ouve as lições do professor Porto – e os nossos alunos da UFPB são agora testemunhas disso – não consegue passar e seguir indiferente. É que elas têm o condão de suscitar, instigar e provocar nos alunos (inclusive nos de mais idade, como eu e o Prof. José Luis Maroja, da UFPB), o anseio do saber, o desejo de aprender mais sobre observação clínica e de aplicar em nossa prática o que ele prega. Tocados por seu entusiasmo e didática ímpares, acabamos por visualizar o que é essencial na arte clínica e na ciência médica, e na integração destas duas vertentes que compõem a vida do médico.
Enquanto via os alunos com seus livros de Semiologia sob o braço, percebi a magnitude de sua influência sobre eles após terem cursado a iniciação ao exame clínico lendo o "Portão" e o "Portinho", como chamam carinhosamente o livro de referência "Semiologia Médica" e o livro "Exame Clínico", respectivamente.
Para nós, não é possível separar o Professor Celmo Porto de sua bibliografia. Ele é autor do livro "Semiologia Médica", referência essencial na formação do médico brasileiro. Sua produção científica é composta por livros escritos ou organizados por ele, por artigos publicados em revistas e por conferências realizadas por todo o país. E em tudo, está sempre atento aos estudantes.
Quem ouve as lições do professor Porto – e os nossos alunos da UFPB são agora testemunhas disso – não consegue passar e seguir indiferente. É que elas têm o condão de suscitar, instigar e provocar nos alunos (inclusive nos de mais idade, como eu e o Prof. José Luis Maroja, da UFPB), o anseio do saber, o desejo de aprender mais sobre observação clínica e de aplicar em nossa prática o que ele prega. Tocados por seu entusiasmo e didática ímpares, acabamos por visualizar o que é essencial na arte clínica e na ciência médica, e na integração destas duas vertentes que compõem a vida do médico.
Breve biografia do Prof. Celmo Celeno Porto: - Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1958; - Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; - Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica; - Doutor em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em 1963, com a tese "O Eletrocardiograma no Prognóstico da Doença de Chagas" (Arq. Bras. Cardiol. 17: 313, 1964); - Especialização em Pedagogia Médica pela Universidade Federal de Goiás (1972); - Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás; - Fundador e ex-Presidente da Sociedade Goiana de Cardiologia; - Fundador e 1º Presidente da Academia Goiana de Medicina; - Fundador e Presidente da Regional Goiás da Sociedade Brasileira de Clínica Médica; - Ex-Professor Regente da Disciplina de Semiologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás; - Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde; - Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde; - Atualmente é Professor Voluntário da Universidade Federal de Goiás e Presidente Regional de Goiás da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. - Diretor científico da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. (Reproduzida da home page pessoal do Prof. Celmo Porto no portal da Sociedade Brasileira de Cardiologia)Além dos livros "Exame Clínico: Bases para a Prática Médica" e "Semiologia Médica", é autor de "Doenças do Coração: Prevenção e Tratamento" e "Vademecum de Clínica Médica". Dentro desta bibliografia, sua Magnum Opus é certamente o livro "Semiologia Médica".
Além da bibliografia citada
acima, o Prof. Porto escreveu o livro “O Menino e a Borboleta”, um precioso relato sobre a vida de seu pai. No prefácio deste livro, Celmo Celeno Porto afirma que, para contar a história de um homem, não se pode ficar
aprisionado aos episódios de sua vida, do nascimento à morte, é preciso
reconhecer a chama que alimentou seus passos.
Em suas palestras aqui no VI CPEM, ao finalizar, ele deixou a mensagem de que a arte clínica é levar para cada paciente a ciência médica, e isso
só é possível ao se colocar a ética como a base do ato médico. A medicina
baseada em evidências dá fortes elementos para trabalhar cientificamente,
mas é a medicina baseada em vivências, aquela que só se aprende no encontro com
o paciente, que caracteriza a medicina de excelência.
O professor Dr. Celmo Celeno Porto ocupa também a Cadeira nº 21 da Academia Goiana de Medicina.
O professor Dr. Celmo Celeno Porto ocupa também a Cadeira nº 21 da Academia Goiana de Medicina.
O poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht escreveu que o professor é eterno: “Se não morre
aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o
educador que semeia e escreve na alma”. O Dr. Celmo Porto, mais que um
professor, é um educador que encanta por seu entusiasmo e paixão pela arte
clínica e também pela missão de ensinar estudantes de medicina, ou seja, ele "semeia e escreve na alma" dos futuros médicos de todo o Brasil, o que parece ser uma verdadeira missão. Pode-se, portanto, afirmar, que ele é professor de todos os estudantes de medicina desse país.
Prof. José Luis Simões Maroja (Semiologia Médica - UFPB), Prof. Celmo Celeno Porto,
Profa. Rilva Sousa-Muñoz (Semiologia Médica - UFPB) e Laís Araújo (Estudante de
Medicina da UFPB e presidente da comissão organizadora do congresso VI CPEM)
Imagens: A primeira foto desta postagem foi feita por Mariah Malheiros, estudante de Medicina da UFPB; as demais são do nosso arquivo pessoal.