Paciente de 70 anos, masculino, foi admitido no hospital para avaliação de espessamento da pele. Quatro anos antes, ele havia sido submetido a transplante renal para doença renal crônica em estágio terminal, relacionada a hipertensão arterial. Dois meses antes da atual admissão hospitalar reiniciou programa de hemodiálise por causa do fracasso do transplante.
Referência da fonte do relato e diagnóstico serão publicados após a postagem de duas hipóteses diagnósticas sob a forma de comentários.
24/09/12 - Diagnóstico: Dermatopatia fibrosante nefrogênica.
O exame físico revelou, além do espessamente da pele, contratura em flexão do cotovelo direito. A pele dos membros superiores e abdome estava mais afetada que a do tórax. O rosto foi poupado.
A biópsia revelou fibrose dérmica e fibrose septal na hipoderme, compatível com dermatopatia fibrosante nefrogênica, uma condição incomum de dermatopatia esclerosante que tem sido associada com a utilização de gadolínio em pacientes com insuficiência renal.
O paciente havia sido submetido a uma angiografia por ressonância magnética do rim transplantado, com contraste pelo gadolínio. O espessamento da pele levou à imobilidade progressiva e o paciente passou a usar cadeira de rodas, continuando o programa de hemodiálise.
Referência: GAROVIC, M. D.; HELGEN, K. E. Nephrogenic Fibrosing Dermopathy. N Engl J Med 357: e2, 2007.