23 de dezembro de 2012

Feliz Natal!... Natal Feliz!...

O Grupo de Estudos em Semiologia Médica (GESME) deseja feliz Natal a todos os visitantes e leitores do Semioblog.

 "O Natal é um tempo de benevolência, perdão, generosidade e alegria. A única época que conheço, no calendário do ano, em que homens e mulheres parecem, de comum acordo, abrir livremente seus corações." (Charles Dickens)

"Eu sempre pensei em Natal como um tempo bom; um bem, perdão, generosidade, época agradável; uma época em que os homens e mulheres parecem abrir os corações deles/delas espontaneamente, e assim eu digo, Deus abençoe o Natal!" (Charles Dickens)

17 de dezembro de 2012

Vídeo II da Monitoria de Semiologia Médica/UFPB sobre Exame Físico Cardiovascular


Vídeo sobre exame físico cardiovascular elaborado no Grupo de Estudos em Semiologia Médica (GESME) pelos monitores da disciplina de Semiologia Médica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Este vídeo complementa anterior também produzido no GESME e já publicado neste blog no link abaixo:

SPSS no GESME: Tutorial para Iniciantes

Apresentação de slides


15 de dezembro de 2012

Disciplina de Semiologia Médica/UFPB recebe “Troféu Canal” do Centro Acadêmico Napoleão Laureano

Com virtuoso orgulho, anunciamos o destaque recebido pela nossa Disciplina de Semiologia Médica (Universidade Federal da Paraíba) no “Troféu Canal” (Canal: Centro Acadêmico Napoleão Laureano), que se baseou no Sistema Avalia. Este sistema foi idealizado pela Assessoria de Graduação do Centro de Ciências Medicas (CCM)/UFPB, na pessoa do Professor Luís Fábio Botelho, e concretizado pela coordenação de Informática do CCM e Codesc (Coordenação de Escolaridade/Pró-Reitoria de Graduação/UFPB). O Canal organizou e coordenou o evento, que representou uma noite de gala e confraternização na nossa Academia, em clima de "Oscar", com presença maciça dos estudantes do curso de Graduação em Medicina da UFPB.

Fotos: Troféu de "Honra ao Mérito" para a Disciplina de Semiologia Médica/UFPB; Profa. Rilva Lopes de Sousa Muñoz, Luã Guerra (representante da turma do quarto período em 2012.1), Prof. José Luiz Simões Maroja e Graziela Batista (Representante do Centro Acadêmico).

http://www.ccm.ufpb.br/index.php/component/content/article/800-trofeu-canal-premia-professores-e-modulos-com-melhor-avaliacao-discente

11 de dezembro de 2012

Aferição da Pressão Arterial nos Membros Inferiores: Importância e Semiotécnica

A pressão arterial deve ser aferida também nos membros inferiores na primeira consulta de todos os pacientes. Diferenças maiores que 20 mmHg na pressão sistólica e de 10 mmHg na diastólica devem levantar a hipótese de vasculopatia significativa, motivando investigação posterior. 
É importante ressaltar que em condições normais os valores da pressão no membro inferior não são iguais aos do braço, uma vez que neste a resistência vascular periférica é geralmente maior para vencer a força da gravidade. Assim, em condições normais, a pressão arterial sistólica nas pernas é geralmente 10% a 20% mais elevada do que a pressão verificada na artéria braquial.
A medida da pressão arterial nos membros inferiores também deve ser realizada sempre que houver impossibilidade da sua aferição nos membros superiores (por politraumatismos ou amputações destes), ou em caso de suspeita prévia de doença vascular (pulsos femorais e poplíteos de intensidade reduzida, por exemplo). 
Neste caso, deve ser utilizado um manguito mais largo que o habitual, se necessário, de forma que a bolsa do manguito deve ser de cerca de 40% da circunferência da coxa.
O paciente deve, preferencialmente, posicionar-se em decúbito ventral, com o manguito acoplado ao terço inferior da coxa e o estetoscópio sobre a artéria poplítea. Em condições normais, a pressão  sistólica é 20 mmHg  mais elevada nos membros inferiores, em relação aos membros superiores, enquanto a pressão diastólica é semelhante em superiores e inferiores. Na presença de algumas doenças vasculares (coartação de aorta ou obstruções vasculares), a pressão sistólica dos membros inferiores apresenta valores menores que aqueles observados nos membros superiores (SCHMIDT et al., 2004).
Pode-se verificar a pressão arterial (PA) na coxa ou na perna, sempre respeitando-se a relação entre a largura do manguito e a circunferência do membro (BRASIL, 2009). A semiotécnica desta aferição é a seguinte:
a) Técnica de medição da PA na coxa: com paciente deitado em decúbito ventral (preferencialmente), o manguito é colocado no terço inferior da sua coxa e a ausculta será feita sobre a artéria poplítea. Se o paciente não tiver condições de permanecer em decúbito ventral, a medida poderá ser feita em decúbito dorsal, porém, com o membro ligeiramente fletido para permitir a aplicação do estetoscópio na região poplítea. A pressão diastólica na coxa apresenta valores similares aos do braço, porém a sistólica pode ser 20 mmHg mais elevada.
b) Técnica de medição da PA na perna: A ausculta do pulso do tornozelo também pode ser utilizada para a medição da pressão arterial no membro inferior. A pressão arterial determinada pela ausculta dos pulsos do pé tem a vantagem da conveniência e do conforto em relação à da ausculta do pulso poplíteo. O manguito é colocado na porção inferior da perna, ao nível dos maléolos, e o estetoscópio, na artéria tibial anterior; os valores encontrados são normalmente semelhantes aos da coxa. 
A verificação da pressão arterial nos membros inferiores pode identificar situações como coarctação da aorta e doença aórtica oclusiva, condições em que a pressão sistólica apresenta valores inferiores aos do membro superior. A diminuição ou ausência de pulsos arteriais nas artérias femorais e poplíteas em crianças ou jovens faz suspeitar de coartação da aorta e torna obrigatória a medida da pressão arterial nos membros inferiores.
A coarctação da aorta é caracterizada pelo estreitamento da sua luz em qualquer segmento do vaso. A hipertensão do paciente com coartação da aorta está presente na extremidade superior e o pulso femoral pode estar diminuído ou reduzido. Neste caso, a hipertensão resulta de obstrução ao fluxo sanguíneo e de ativacão de mecanismos vasoconstritores que resultam em aumento da resistência sistêmica a jusante à estenose. O resultado dessa condição é a ocorrência de hipertensão arterial nos membros superiores. Assim, a pressão arterial alta nos membros superiores e pulsos femorais diminuídos em um indivíduo jovem sugerem o diagnóstico de coartação de aorta (MESQUITA; LOPES, 2002).
Leituras de PA inferiores nas pernas, em comparação com os braços, são consideradas anormais, e devem levar a uma investigação  de doença vascular periférica. 
Todos os pacientes hipertensos devem ter comparações de PA entre braços e pernas, assim como a palpação dos pulsos radial e femoral, pelo menos uma vez, para descartar coartação da aorta.
Mesmo no paciente não hipertenso, na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas subsequentes. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para a pressão sistólica/diastólica.
Na primeira avaliação de todo paciente, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores também e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas subsequentes. Uma revisão sistemática com meta-análise de 28 estudos publicada recentemente na revista The Lancet mostra que uma diferença de 15 mmHg ou mais entre a pressão sistólica medida entre os braços representa um risco 70% maior de morte por doença cardiovascular (CLARK et al., 2012).
Portanto, a pressão arterial também deve ser aferida nos membros inferiores na primeira consulta de todos os pacientes, e nos dois membros superiores, para comparação dos valores pressóricos.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de HipertensãoArterial Sistêmica para Atenção Primária em Saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição, 2009.
CLARK, C. C. et al. Association of a difference in systolic blood pressure between arms with vascular disease and mortality: a systematic review and meta-analysis. 2012. Disponível em: http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(11)61710-8/abstract. Acesso em: 11 dez. 2012.
MESQUITA, S. M. F.; LOPES, A. A. B. Hipertensão arterial por coarctação de aorta em adultos. Rev Bras Hipertens 9 (2),  2002.
SCHMIDT, A.; PAZIN FILHO, A.; MACIEL, B. C. Blood pressure measurement. Medicina, Ribeirão Preto, 37: 240-245,  2004. 

9 de dezembro de 2012

Marcha Parkinsoniana



As anomalias da marcha observadas na doença de Parkinson são bem conhecidas.
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa debilitante e os distúrbios da marcha são uma causa frequente de deficiência e incapacidade em pacientes com esta doença.
Os principais distúrbios motores observados na DP são bradicinesia (lentificação dos movimentos), hipocinesia (movimentos de pequena amplitude), tremor de repouso, rigidez muscular e instabilidade postural.
São características da marcha parkinsoniana:
- hesitação no início da marcha, decorrente da hipocinesia e da rigidez muscular generalizada, dando a impressão de que o enfermo se acha preso ao solo;
- pequenos passos arrastados e rápidos (festinação, do latim festinare, que significa "pressa"), uma tendência involuntária de apresentar passos curtos, arrastados e acelerados, como se o paciente estivesse continuamente tentando manter seu centro de gravidade;
- marcha em bloco (“robotizada”), pela rigidez muscular, observando-se antebraços e joelhos rígidos em discreta flexão e sem o balanço rítmico normal dos braços;
- cabeça e tórax inclinados para a frente;
- fenômeno da parada (freezing): parada súbita da marcha sem motivo aparente.

8 de dezembro de 2012

Análise Estatística: Breve Revisão para Iniciação ao Tutorial SPSS

Apresentação de Slides

Uma breve revisão sobre análise estatística no Grupo de Estudos em Semiologia Médica (GESME) para iniciação posterior ao tutorial do software aplicativo Statistical Package for Social Sciences
Dia 12/12/12, às 12h00, no Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba.

5 de dezembro de 2012

Asterixis

Asterixis, flapping ou tremor adejante é um movimento involuntário grosseiro das mãos, semelhante ao "bater de asas", quando os braços são mantidos em extensão horizontal, ou quando o antebraço é mantido fixo e as mãos posicionadas em um ângulo de 60 graus em relação ao punho (hiperextensão do punho) [vídeo acima].
Foi descrito inicialmente na encefalopatia hepática, mas pode ser visto menos frequentemente em outras encefalopatias metabólicas.
Asterixis é um importante sinal clínico. Não é patognomônico de qualquer condição, mas proporciona uma indicação da presença de sérios processos patológicos subjacentes. Algumas drogas psicotrópicas também podem causar asterixis, especialmente quando usadas ​​em combinação.
Para pesquisar este sinal, pede-se ao paciente para estender suas mãos flexionadas nos pulsos e com dedos também estendidos e separados, mantendo essa posição por pelo menos 15 segundos.

1 de dezembro de 2012

Técnica de Medição da Pressão Arterial


A avaliação da pressão arterial é fundamental para avaliar a saúde cardiovascular. A medida da PA é usada na triagem de hipertensão, e para monitorar a eficácia do tratamento em pacientes com hipertensão arterial estabelecida. Em ambiente ambulatorial de rotina, a pressão arterial é medida de forma indireta. Assim, é importante empregar a técnica apropriada de medição a fim de produzir leituras acuradas e confiáveis. 
Em adultos, uma pressão arterial normal é inferior a 120 mm Hg para a pressão sistólica e inferior a 80 mm Hg para a pressão arterial diastólica. Este vídeo mostra a técnica de medição da PA (em inglês).
Vídeo publicado pelo New England Journal of Medicine em 2009.

Referência
WILLIAM, J. S.; BROWN, S. M.; CONLIN, P. R. Blood-Pressure Measurement. Videos in Clinical Medicine. N Engl J Med 2009; 360: e6.