Por Germana Ribeiro de Lucena
Estudante de Graduação em Medicina da UFPB
No dia 20 de novembro de 2013, iniciou-se o XXX
Congresso Brasileiro de Reumatologia, que reuniu os maiores especialistas
brasileiros da área. O evento que
ocorreu no Centro de Convenções de Recife – PE teve duração de quatro dias e
foi presidido pela Professora Dra. Ângela Luzia Branco Pinto Duarte. Teve como
objetivo promover atualizações, debater temas polêmicos da reumatologia e
divulgar pesquisas dessa área realizadas em universidades brasileiras.
No dia 20 de novembro ocorreu o curso pré-congresso que
contou com a participação de palestrantes internacionais e brasileiros que
abordaram os seguintes temas: uso racional dos autoanticorpos no diagnóstico
das doenças autoimunes, guideline para tratamento de gota, relação entre
artrite psoriásica e síndrome metabólica, considerações sobre a patogenia e
terapêutica em artrite reumatoide, tratamento de osteoporose, diagnóstico e
tratamento de espondilite anquilosante e os novos critérios diagnósticos para
lúpus eritematoso sistêmico.
Dos dias 21 a 23 de novembro houve o seguimento do
congresso, com exposição de banners. A UFPB enviou 12 banners, abrangendo
relatos de caso sobre lúpus, vasculite, esclerodermia e gota, e resultados de
pesquisas de validação do questionário LupusQol, orientada pela professora Eutília
Freire, e correlação entre lúpus e doenças alérgicas e relação entre doenças
autoimunes e neoplasias, ambas orientadas
pela professora Alessandra Braz. A UFPB também
contribuiu com palestras sobre Tuberculose Articular, ministrada pela
professora Danielle Egypto Brito, e relação entre neoplasias e uso de
medicamentos biológicos na artrite reumatoide, professora Alessandra Braz,
ambas ocorreram no dia 22 de novembro. A UFPB está de parabéns pela brilhante
participação no Congresso Brasileiro de Reumatologia – 2013, contribuindo com o
progresso científico na área.
Foram, no total, 14 conferências em reumatologia do
adulto, 18 miniconferências, 17 atividades em pediatria, 28 mesas redondas, 13
simpósios, 2 sessões polêmicas, 13 oficinas, 11 encontros com o professor, 8
sessões de temas livres e 4 sessões de casos clínicos. Os temas mais explorados
foram osteoporose, sobretudo as novas terapias para a prevenção de fraturas
nestes pacientes; terapias biológicas, principalmente sua relação com doenças
infecciosas, neoplasias e teratogênese; verdades sobre a fibromialgia,
importância da realização de atividades físicas nas doenças osteoarticulares.
Entre as novidades científicas abordadas no congresso,
houve destaque para a disponibilidade do uso do FRAX- Brasil para avaliação de
risco de fraturas em pacientes com osteoporose e osteopenia, auxiliando na
individualização da terapêutica para cada paciente. Houve também o destaque da
palestra sobre “Dor, mentira e fibromialgia”, onde abordou as alterações
fisiopatológicas presentes na doença, tal qual prejuízo funcional a fibras
nervosas responsáveis pela inibição da dor, esta conferência serviu para
reduzir o preconceito que muitos médicos possuem com relação a fibromialgia.