Trabalhos
artísticos escolhidos pelos alunos do MHB3 para ilustrar o III Seminário sobre
História da Medicina no semestre 2015.1
(Departamento de Medicina Interna, Centro
de Ciências Médicas, UFPB)
ÉRICA
Pintura de Pablo Picasso em 1897: "Ciência e Caridade". Uma
mãe doente em seu leito, entre um médico sentado olhando seu relógio portátil
enquanto toma o pulso dela, e uma freira que segura o filho pequeno da mulher e
estende-lhe uma bebida (talvez chá). Os cuidados paliativos contemporâneos e a
medicina paliativa surgem da contemplação da pintura: o controle da dor, apoio
social e espiritual e o cuidado são elementos claramente presentes nesta pintura.
OTÁVIO
"O
Triunfo da Morte", pintura de Pieter Bruegel, o Velho, em 1562: Uma paisagem
desolada de morte e destruição confronta o espectador. Faz
pensar sobre a sempre presente ameaça de morte na Europa medieval, trazida
pelas epidemias de Peste Negra. Bruegel era um artista holandês que teria testemunhado duas das graves recorrências da Peste Negra no século XVI.
MARITA
Xilogravura
de Alessandro Beneditti, médico italiano, mostrando
a extração de Asclepius, o deus grego da medicina, do abdome da mãe Coronis,
por seu pai Apollo. Gravura publicada na edição de 1549 do livro De Re Medica, de Aulus Cornelius
Celsus.
FÁTIMA
“Máscaras”, trabalho do artista americano William
Utermohlen que, em 1995, aos 61 anos, recebeu o diagnóstico de doença de
Alzheimer. O artista passou, então, a pintar uma
série de autorretratos. A partir do momento de seu diagnóstico até o ano
2000, quando ele foi internado em um lar de idosos, criou retratos de sua
penosa decadência mental. Com seus quadros, ele demonstra os efeitos devastadores da doença. Suas obras tornaram-se mais planas, mais abstratas, com perda de
detalhes e de sentido espacial. Em 2000, a memória e as habilidades
técnicas do Utermohlen tinham se deteriorado ao ponto em que seus autorretratos passaram a ser simples crânios nos quais ele rabiscava as mais básicas características
faciais.
RODRIGO
David Kirby no seu leito de morte. Foto publicada
na Revista Life em 1990.
Uma das fotografias mais penosas e controversas publicadas em um momento em que emergia a pandemia global de Aids. David Kirby era um
ativista dos direitos homossexuais que contraiu HIV. Ele se reconciliou
com sua família, de quem se havia distanciado, a fim de morrer cercado por
ela. Naquele momento, 25 anos atrás, ainda não havia o tratamento com os
antirretrovirais e a Aids costumava ser uma sentença de morte. Foto originalmente em preto e branco, tirada por Therese
Frare, na época estudante de pós-graduação em Jornalismo.
PROFA. RILVA
"A verdade é que a medicina, declaradamente baseada na observação, é tão sensível às influências externas, políticas, religiosas, filosóficas, imaginativas, tal como o é o barômetro para as mudanças de densidade atmosférica"
(Oliver Wendell Holmes)