25 de julho de 2015

Osce do Internato em Clínica Médica no HULW - VI Edição

A sexta edição da Avaliação Objetiva Estruturada por Estações (Osce) de Medicina Interna foi realizada hoje para 42 alunos do Internato do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW). 
A avaliação começou às 8h00 e terminou às 12h30. Cronometraram-se seis minutos para cada aluno em cada uma das quatro estações.
Faltaram quatro estudantes e um compareceu mas se retirou antes de chegar sua vez de realizar a prova. Os alunos que faltaram à prova hoje poderão realizar sua reposição no dia 28/11/15, desde que dirijam solicitação por escrito à Comissão do Osce-Clínica Médica através do Departamento de Medicina Interna, ou pelo e-mail rilva@ccm.ufpb.br até 48 horas antes do dia da prova.
As estações com os questionamentos propostos aos alunos e respectivos checklists estão apresentados a seguir:

ESTAÇÃO 1
ENUNCIADO: Rilvânia Maria, 21 anos, possui asma brônquica e você prescreveu para ela um beta2-agonista de curta duração através de inalador dosimetrado para que o utilize rotineiramente na reversão do broncoespasmo. Como ela nunca usou inalador, trouxe-o para que você a instrua sobre como e quando utilizá-lo. Ela encontra-se bastante ansiosa por começar a usar esta medicação.
INSTRUÇÕES PARA A RESPOSTA:
Demonstre à paciente como preparar e utilizar o inalador e explique-lhe quando deve fazê-lo
Alunos do internato passando pela Estação 1 

 CHECKLIST

ESTAÇÃO 2
ENUNCIADO: Um homem de 24 anos chega ao seu plantão queixando-se de forte dor de cabeça há 24 horas e que tem se tornado rapidamente mais intensa. Ele descreve a dor de cabeça como generalizada, vomitou duas vezes e parece sonolento e confuso, com fotofobia. Não há história patológica pessoal prévia significativa. Ele fuma 10 cigarros por dia e bebe 24 unidades de álcool por semana. Ele não está tomando qualquer medicação atualmente. É solteiro e estudante de graduação em psicologia na UFPB. Ao exame, em estado geral comprometido, torporoso, normocorado, com temperatura de 39,2°C, perfusão periférica conservada. Pulso: 120 bpm, PA: 100/74 mmHg. Pulmões, coração e abdome sem anormalidades ao exame. Sem sinais neurológicos focais. Fundo de olho normal.

INSTRUÇÕES PARA AS RESPOSTAS:
(1) Realize no paciente uma manobra neurossemiológica para esclarecer clinicamente sua hipótese diagnóstica.
(2) Escreva aqui sua hipótese diagnóstica principal de acordo com o resultado obtido à realização do seu exame.
(3) Que exame complementar especificamente voltado para sua HD você indicaria primeiro?

CHECKLIST

ESTAÇÃO 3
ENUNCIADO: Paciente do sexo feminino, 22 anos, com relato de dor intensa e edema em todo membro inferior direito (MID) há 3 dias. Refere facilidade para queda de cabelo e aftas na boca. Nega episódios prévios semelhantes ao atual, uso de medicações contínuas ou casos na família. Já teve duas gestações prévias, sendo uma com parto pré-termo por descolamento de placenta com RN vivo e uma com morte fetal não esclarecida no terceiro trimestre. Exame físico: Corada, hidratada, anictérica, acianótica, AR e ACV sem alterações. Abdome: Sem alterações. Edema +++/4+ em todo MID, duro e com panturillha empastada ipsilateralmente. Membro inferior esquerdo sem alterações.
INSTRUÇÕES PARA AS RESPOSTAS:
(1) Cite aqui, após examinar a paciente, as alterações à ectoscopia da pele que terão valor para diagnóstico clínico da possível doença de base
(2) Cite as hipóteses diagnósticas mais pertinentes ao caso                      
(3) Cite um exame complementar  para ajudar a confirmar cada hipótese que você citou no item 2    
 Paciente simulada por estudante de graduação em Medicina integrante do GESME

CHECKLIST

ESTAÇÃO 4
ENUNCIADO: Paciente do sexo feminino, 63 anos, com quadro de dor abdominal em cólica, distensão abdominal e vômitos há dois dias. Após os primeiros episódios de dor, evacuou uma vez e, depois disso, passou a não mais eliminar gases nem fezes. Ela relata ter sido submetida a histerectomia abdominal há 22 anos devido à miomatose uterina. Ao exame: mucosas secas, pulso: 122 bpm, murmúrio vesicular diminuído nas bases pulmonares. Ao exame do abdome, distensão significativa, ruídos hidroaéreos presentes, com pouca dor à palpação. Ao toque retal,  ampola vazia e ausência de lesões no reto.
Veja imagem dos raios-X do abdome no negatoscópio:
Raios-X do abdome referente à Estação 4

INSTRUÇÕES PARA AS RESPOSTAS:
(1)Descreva as alterações evidenciáveis à radiografia do abdome           
(2) Cite as hipóteses diagnósticas mais pertinentes
(3) Cite um exame complementar  para ajudar a confirmar cada hipótese citada no item 2

           CHECKLIST

Comissão do OSCE/CM/CCM/UFPB
Profa. Ângela Siqueira Figueiredo
Profa. Leina Yukari Etto
Prof. José Luis Simões Maroja
Prof. Luis Fábio Barbosa Botelho
Profa. Mônica Souza de Miranda Henriques
Profa. Rilva Lopes de Sousa Muñoz (Coord.)

Monitores do Osce (Alunos do Programa Jovens talentos para a Ciência/Capes/UFPB e integrantes do GESME)
Melissa Toscano Montenegro de Morais – Simulação de paciente
Miéllio Melo Galdino – Simulação de paciente
Mirella Bezerra de Lima Silva – Simulação de paciente
Raiara Carvalho Vieira – Ordenação dos alunos para a avaliação

11 de julho de 2015

Imagem Semiológica: Dermatite de Contato por Coral

Paciente do sexo masculino, 31 anos, com história de uma semana de erupção pruriginosa no pé esquerdo, que se desenvolveu depois que ele roçou em um coral durante um mergulho no mar do Caribe. Após contato com o coral, apareceu uma sensação de queimação no pé, à qual se seguiu, uma hora mais tarde, o desenvolvimento de uma erupção intensamente pruriginosa. O exame físico revelou uma placa eritematosa, cerebriforme na face lateral do pé esquerdo. Com base no exame clínico, foi feito o diagnóstico de dermatite de contato por coral. Esta é uma forma de dermatite de contato causada por numerosas espécies de coral que produzem nematocistos, que são organelas que produzem toxinas dermatológicas. Reações agudas podem ocorrer sob a forma de dermatite de contato irritativa e como placa de urticária ou lesão vésiculo-bolhosa, imediatamente ou algumas horas depois da exposição. Reações tardias parecem ser formas de dermatite de contacto alérgico, mediadas por hipersensibilidade tipo I e tipo IV, apresentando-se como pápulas que surgem dias ou semanas após a exposição.

Referência: Salik J, Tang R. Coral Dermatitis. N Engl J Med 2015; 373:e2.