(1)
Comente (faça uma análise crítica) os três primeiros itens da seguinte anamnese
do paciente Manoel da Silva:
IDENTIFICAÇÃO:
Manoel da Silva, masculino, 38 anos, casado, mecânico, procedente de
Guarabira-PB
QUEIXA
PRINCIPAL: Dor no joelho esquerdo
HISTÓRIA
DA DOENÇA ATUAL: Paciente veio à consulta no HULW referindo que há 5 dias
acordou pela manhã com dor no joelho esquerdo. Desde aquele dia não comparece
ao trabalho por dificuldade de caminhar. Nestes dias, usou 3 comprimidos de
Aspirina por dia sem melhora. Teve temperatura axilar de 37,80 C por 2 vezes.
|
Na identificação, faltaram a etnia e a procedência do paciente.
Na Queixa Principal,
faltou a duração do sintoma.
Na História da
Doença Atual, faltaram várias informações: Elementos sobre o início (modo e
fatores desencadeantes aparentes), curso (contínuo ou descontínuo) e
características referentes à dor (irradiação, qualidade, intensidade, fatores
de melhora e piora, progressão – mesma intensidade, piora ou melhora desde o
início do quadro), assim como a dosagem da Aspirina usada e se esta teve prescrição médica.
(2)
Qual a importância semiológica da obtenção da história ocupacional na anamnese?
A história
ocupacional é parte da história clínica dos pacientes, e tem o objetivo de documentar as
condições de salubridade dos locais de trabalho do paciente para relacionar os riscos que podem ser causados ou
agravados pela ocupação. Estes riscos podem ser exemplificados pela exposição a produtos químicos, poeiras, metais,
radiações ionizantes, gases tóxicos, trabalhos repetitivos, substâncias corrosivas, fibras orgânicas e inorgânicas, agentes infecciosos, inseticidas, agrotóxicos, produtos
petroquímicos, agentes físicos (ruído, vibração, iluminação, temperaturas
extremas), assim como fatores psicológicos como o estresse emocional, pressão psicológica no ambiente de
trabalho, carga horária, conflitos nos relacionamentos com colegas e chefia. É necessário
perguntar também a duração e ajustamento
pessoal do doente ao trabalho atual, além das ocupações exercidas anteriormente, com sua descrição e
duração.
(3)
Que aspectos clínicos devem ser descritos no exame das extremidades à
ectoscopia?
Coloração, temperatura,
presença de edema, presença de veias superficiais dilatadas, ulceração da pele,
hiperpigmentação de membros inferiores, cicatrizes, perfusão capilar distal, escassez
de pelos e unhas distróficas, deformidades esqueléticas e hipotrofia muscular.
[Não foi esperada
resposta incluindo exame dos pulsos, que também devem ser examinados nas extremidades, porém ainda não foi apresentado no atual semestre]
(4)
Em que situações o tecido celular subcutâneo pode se encontrar alterado em todo
o corpo de forma clinicamente observável à ectoscopia?
Edema (infiltração de
líquido), excesso ou escassez de panículo adiposo, infiltração e ar (enfisema subcutâneo), mixedema
(superprodução de colágeno intersticial e mucopolissacarídeos por fibroblastos)
e linfedema (acúmulo de líquido intersticial por obstrução de vasos linfáticos).
(5)
Quais os possíveis erros devidos à técnica de medição da pressão arterial?
Braço do paciente
sem apoio; posicionamento do instrumento acima ou abaixo da altura do coração;
compressão excessiva do estetoscópio sobre a artéria; preferência do examinador
por números pares; mãos do examinador e equipamento frios provocando eventual
aumento da PA; sistema acústico do aparelho danificado; interação entre
examinado e examinador afetando a leitura da PA (hipertensão do “jaleco branco”);
congestão das veias do braço por medições repetidas dificultando a ausculta; constrição da roupa do paciente no braço; falta
de estimação da pressão sistólica por meio da palpação do pulso, que ajuda a
reconhecer o ponto aproximado em que a pressão sistólica será determinada,
identificando uma pressão sistólica falsamente mais baixa (presença do hiato
auscultatório); exame da pressão sem pelo menos 5 minutos de repouso do
paciente; exame do paciente que fumou nos 30 minutos anteriores.