Foto de médicos e participantes do Estudo Tuskegee de sífilis não-tratada em homens negros americanos (1932-1972) (imagem de domínio público)
28 de maio de 2018
7 de maio de 2018
Eutanásia: Ramon Sampedro e o Direito de Morrer
“Considero
a vida um direito, não uma obrigação, como no meu caso. Eu fui forçado a
suportar esta terrível situação por 29 anos, quatro meses e alguns dias.” Estas foram as palavras de Ramon
Sampedro em um vídeo gravado minutos antes de beber cianureto e morrer.
Ramón
Sampedro foi um jornalista e marinheiro espanhol que ficou tetraplégico depois
de um grave acidente quando tinha 25 anos de idade. Ele considerava que a
Constituição deveria defender a dignidade do indivíduo e seu direito à vida,
mas não deveria ser obrigatório viver e que ninguém deveria ser submetido a
tortura.
Sampedro
solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar a vida com tetraplegia há quase três décadas. A sua luta judicial demorou cinco anos pelo
direito à eutanásia ativa voluntária, que não lhe foi concedido, pois a lei
espanhola caracterizaria este tipo de ação como homicídio. Com o auxílio de
amigos, planejou a sua morte de maneira a não incriminar ninguém.
A
história real do suicídio assistido de Ramon Sampedro reacendeu o debate ético,
médico e político sobre a legalização da eutanásia na Espanha. O caso inspirou
o filme “Mar Adentro”.
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