3 de dezembro de 2020

EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE CULTURAL E ÉTNICA NO TRABALHO EM SAÚDE


Trabalho apresentado no  VI Seminário Internacional de Práticas Educativas (IV SECAMPO), com o tema "Paulo Freire: Educação, Resistência, Ousadia e Liberdade".

Título: EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE CULTURAL E ÉTNICA NO TRABALHO EM SAÚDE: CURSOS SUPLEMENTARES NO CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS/UFPB

Apresentação: Gustavo Gomes Santiago, Maria Eduarda Gomes Rodrigues e Maria Eduarda Silva Dias.

A competência cultural na educação médica é definida como um conjunto de atitudes, conhecimentos e habilidades necessários para os prestadores de cuidados interagirem efetivamente com populações cultural e etnicamente diversas. Uma crescente atenção para os efeitos de disparidades raciais, étnicas e socioeconômicas no estado de saúde da população, assim como para a capacidade dos sistemas de fornecer cuidados a pacientes com diversos valores, crenças e comportamentos demanda de docentes e estudantes uma postura pedagógica humanista. Contudo, os cursos de graduação em medicina possuem, historicamente, pouco enfoque em questões relacionadas a essa competência. O presente artigo tem o objetivo de apresentar o relato de experiência de dois cursos ministrados na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) durante períodos suplementares remotos de 2020. Os métodos utilizados nos cursos foram videoaulas gravadas, discussões on-line, fóruns de discussão assíncrona e escrita colaborativa na ferramenta Wiki, utilizando, principalmente, as plataformas do Moodle Classes e Google Meet. Esses cursos, denominados “Estigma e Discriminação na Atenção à Saúde” e “Diversidade Cultural e Étnica na Medicina” possibilitaram discussões reflexivas sobre o preconceito, a discriminação e o estigma na área da saúde. Objetivos instrucionais, competências e habilidades para os cursos possibilitaram o aprendizado por meio de metodologias ativas. Assim, os cursos forneceram uma introdução ao estudo da diversidade como cursos-pilotos para introdução da disciplina de Diversidade Cultural na Medicina, a ser inserida na nova grade nuclear do currículo de medicina da UFPB enfocando, de forma crítico-reflexiva, as características da discriminação e do estigma que podem permear o trabalho em saúde.

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