21 de janeiro de 2021

A NEFASTA POLITIZAÇÃO DA VACINA

A situação em foco é a epidemia da atual doença pelo Coronavírus 19, e o momento desse recorte é a implementação da vacinação contra a doença neste início de 2021 e sua politização. O motivo é a franca politização da vacina. Foi na atual semana que ocorreu a aprovação emergencial para uso de duas vacinas para o SARS-CoV-2 e foi nesta semana que vimos momentos bem ilustrativos da politização da vacina.

A vacina inicialmente disponível no Brasil foi a CoronaVac, da Sinovac, que começou a ser administrada aos profissionais da saúde há dois dias após aprovação do uso emergencial das vacinas CoronaVac e a da AstraZeneca pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A política, para o bem  ou para o mal, desempenha um papel crítico nas questões de saúde pública. A racionalidade limitada, as instituições políticas fragmentadas, a resistência de interesses concentrados geralmente levam os líderes políticos a adotarem atitudes, mesmo quando enfrentam sérios problemas de saúde pública.

No Brasil, a corrida global para desenvolver uma vacina viável que funcione contra o coronavírus e pudesse ser distribuída em grande escala se resumiu a uma luta pelo poder entre o presidente Jair Bolsonaro e seu maior antípoda, João Dória, o magnata e governador do estado de São Paulo, econômica e politicamente influente, e que planeja concorrer contra o presidente em 2022. A crise sanitária atual torna-se uma parte importante de uma campanha eleitoral antecipada e não-oficial.