A “lei do instrumento”, também conhecida como “martelo de
Maslow”, é um viés cognitivo que envolve uma dependência excessiva de uma
ferramenta que nos é familiar. Um martelo não é a ferramenta mais apropriada
para todos os fins. No entanto, uma pessoa com apenas um martelo provavelmente
tentará consertar tudo usando seu martelo, sem sequer considerar outras opções.
Preferimos nos contentar com o que temos em vez de buscar alternativas
melhores.
Em 1966, o proeminente psicólogo Abraham Maslow publicou “The
Psychology of Science: A Reconnaissance” citando essa máxima em referência ao
excesso de confiança em uma ferramenta. As ferramentas que podemos aplicar aos
problemas alteram a nossa percepção dos desafios que enfrentamos e das soluções
adequadas. A tendência é que os trabalhos sejam adaptados às ferramentas, ao
invés de se adaptarem as ferramentas ao trabalho. Se alguém tem um martelo,
tende a procurar pregos.
Não é nenhuma surpresa especial descobrir que um cientista
formula problemas de uma maneira que requer, para sua solução, apenas aquelas
técnicas nas quais ele próprio é especialmente hábil. Temos essa tendência de
formular nossos problemas de forma a dar a impressão de que as soluções para
esses problemas exigem exatamente o que já temos em mãos.
Ao longo dos anos, me encontrei nessa situação, pegando as
ferramentas ou abordagens que atendiam muito bem às minhas necessidades no
passado e tentando forçá-las a ser a solução certa para meus desafios ou
problemas mais recentes.
A verdadeira transformação de qualquer tipo deve ser feita por
meio da integração das ferramentas certas e da mentalidade certa.
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