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As tendências recentes na maioria das áreas da vida social têm
sido fortemente focadas na diversidade humana, mas o ageísmo (etarismo;
idadismo), ou preconceito e/ou discriminação por idade, continua sendo um
grande problema.
Como Artur Xavier Cristofoletti, estudante de graduação em
Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, comenta neste vídeo, sob a forma
de monólogo - como ele mesmo denominou -, o problema do ageísmo está sendo
detectado até em algoritmos que priorizam candidatos jovens para refletir a
composição do mercado de trabalho, apesar das penalidades legais para essa
prática. Chamou sua atenção um artigo
sobre flagrantes de discriminação etária em sistemas de Inteligência Artificial
(IA), que são desenvolvidos usando-se dados que refletem os preconceitos
implícitos e explícitos da sociedade, e assim os modelos preditivos nos
sistemas de IA amplificam a desigualdade, o privilégio e o poder na sociedade.
Apesar de a indústria de recrutamento atual ter como foco eliminar a
discriminação nos processos de recrutamento e seleção, muitas vezes prevalecem
as práticas de recrutamento anti-idade, pois é habitual dos funcionários de uma
organização imitarem o comportamento de contratação anterior do empregador e,
ao fazer isso, perpetua preconceitos preexistentes.
Ele discorre sobre o fato de os idosos serem postos à margem
da sociedade por serem considerados improdutivos. Tal discriminação também está
presente em ambientes de assistência à saúde e nos processos de educação
profissional em saúde.
Arthur afirma que a discriminação por idade no Brasil deve ser compreendida através da abordagem de múltiplas discriminações. Isso exige que se considere a perspectiva da interseccionalidade, que engloba a ideia de que as pessoas podem experimentar simultaneamente a opressão e privilégios baseados em certas características e dependendo do contexto da situação. Em alguns casos, motivos como sexo, gênero, orientação sexual, raça/cor, etnia, idade ou deficiência, para citar apenas alguns, podem se entrecruzar e juntos produzem efeitos de amplificação do preconceito e da discriminação.