Como atividade teórico-prática do
componente curricular “Diversidade Étnica e Cultural na Medicina”, Ana Maria
Toscano Carneiro Vieira Leal, Barbara de Souza Alves, Emanuella Francisca de
Lacerda Vieira, Lilian Andreia da Rosa, Maria Heloiza de Souza Fernandes,
Samira Carla Vieira de Oliveira e Samona Mangueira Dantas, estudantes do curso
de graduação em Medicina da UFPB, Campus I, produziram este vídeo didático-pedagógico
em que problematizaram uma situação abordando uma demanda de uma paciente que professa a religião Testemunhas de Jeová, e que encontra
barreiras ao seu atendimento no serviço de saúde. Elas aplicaram a técnica da
ação-reflexão-ação, sob a lógica da problematização, de conforme o Arco de Maguerez (situação-problema,
pontos-chaves, teorização, soluções e aplicação).
A diversidade de religiões em todo o mundo cria desafios para os profissionais e sistemas de saúde fornecerem cuidados médicos culturalmente competentes. Sendo o Brasil um país predominantemente religioso, espera-se encontrar cenários que reproduzam a realidade do seu ambiente cultural, com reflexões e aberturas à diversidade e competência cultural na atenção à saúde.
O
pluralismo, especificamente o pluralismo religioso, é uma posição assumida ou
uma política implementada pelo governo, que deve ser respeitado no Brasil, em
face da Constituição Federal, que envolve a defesa da diversidade de crenças
religiosas. Isso é realizado no princípio de que tais crenças podem coexistir
harmoniosa e positivamente em uma sociedade por meio da aceitação das
diferenças de crenças e através da ampla educação e compreensão religiosa. A
manifestação exata do pluralismo é que uma pessoa com uma identidade cultural e
religiosa da maioria de um país é capaz de expressar e praticar suas crenças sem discriminação no
sistema de saúde, e idealmente, sem ostracismo social ou preconceito.
Dessa maneira, um médico, diante da situação-problema elaborada, pode equilibrar seu dever para com sua paciente, sua instituição e os valores éticos que regem sua profissão.