27 de fevereiro de 2025

II MENTORIA ACADÊMICA DO GRUPO PIBIC-PIVIC 2024-2025: Instrumentos de Pesquisa e Pré-Teste

🎓 #mentoriaacademica #pibic #ufpb #projetodepesquisa #educaçãonasaude
Este vídeo é o registro da segunda sessão de mentoria acadêmica com os graduandos do nosso grupo PIBIC-PIVIC 2024-2025 Juliana Maria de Assis Batista, João Vitor Belarmino da Silva e Ramon Lacerda de Souza (Estudantes de Graduação em Medicina da UFPB) no Grupo de Pesquisa: Grupo de Estudos em Semiologia e Humanidades Médicas (Geshme)
✨ Destaques da Sessão:
1️⃣ Conversando sobre os instrumentos de pesquisa;
2️⃣ Planejando o pré-teste.

21 de fevereiro de 2025

MENTORIA ACADÊMICA VI: FORMULANDO A EXPOSIÇÃO PARA QUALIFICAR

#mentoriaacademica #mestradoprofissional #ufpb #extensão 
🎓 Este vídeo é o registro da sexta sessão de mentoria acadêmica com o mestrando do #ppgoa #ufpb Hugo Severiano. 
✨ Destaques da sessão:
1️⃣ Preparando a exposição para qualificar;
2️⃣  Discussão sobre as formas de aprimorar a apresentação.
Junte-se a nós nesta jornada de construção do projeto de pesquisa de mestrado. Não se esqueça de deixar seus comentários e compartilhar suas próprias experiências!
🔗 Links de outras sessões de mentoria acadêmica em playlist:

20 de fevereiro de 2025

IV MENTORIA ACADÊMICA PROFSAÚDE T5: RESGATANDO A INTRODUÇÃO

🎓 #mentoriaacademica #profsaude #ufpb #projetodepesquisa #educaçãonasaude
Este vídeo é o registro da quarta sessão de mentoria acadêmica com os mestrandos da turma 5 do PROFSAUDE/UFPB Isabela, Felipe e Mayra. Prosseguindo a construção dos projetos, resgatamos a sessão de Introdução (explicitação do problema de pesquisa) e pontuamos rapidamente alguns tópicos dos Métodos (descrição do cenário de pesquisa).
✨ Pauta da Sessão:
1- Andamento dos projetos de pesquisa;
2- Revisão do cronograma; 
3- Discussão da redação de diferentes partes dos projetos, com ênfase na Introdução e nos Métodos; e
4- De volta ao início de um novo projeto: substituição de temática e problema de pesquisa de Isabela.

18 de fevereiro de 2025

DEVOLUTIVA: SEMINÁRIO "PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E ESTIGMA NA ATENÇÂO À SAÚDE"

 

II Seminário de Diversidade Étnica e Cultural na Medicina no Semstre 2024.2 - CCM/UFPB
Esta é a memória do Seminário sobre Preconceito, Discriminação e Estigma na Atenção à Saúde, apresentado pelas alunas Bianca Catarina, Hevilly Kelly e Vanessa Ingrid, no âmbito da disciplina "Diversidade Étnica e Cultural na Medicina". Neste encontro, exploraramos como essas questões impactam a prática médica, a relação entre profissionais de saúde e pacientes, e a promoção de um cuidado mais equitativo e humanizado. Agradecemos pela presença de todos os estudantes da turma e consideramos que esse momento contribuiu para reflexões e diálogos transformadores.
Os principais diapositivos apresentados foram os seguintes:

A exposição do grupo foi excelente. A distinção conceitual entre preconceito, discriminação e estigma foi elaborada de forma clara, porém o conceito de estigma precisou ser enfatizado em um feedback rápido após a exposição, pois é fundamental compreender esses diferentes tipos e formas de problemas que acarretam desigualdade e exclusão social. 
O grupo apresentou uma conceituação apropriada de preconceito e discriminação. 
Preconceito, como uma atitude ou crença negativa em relação a um grupo ou indivíduo, baseada em generalizações, estereótipos ou falta de conhecimento, geralmente implicando juízos desfavoráveis e irracionais como, por exemplo, acreditar que pessoas idosas precisam que seus acompanhantes falem por elas durante uma consulta médica. 
Discriminação, como a manifestação prática do preconceito, como foi enfatizado na exposição, envolvendo ações ou comportamentos que resultam em tratamento desigual ou injusto a determinados grupos. Pode ocorrer de maneira explícita ou sutil, individualmente ou institucionalmente, como por exemplo, considerar que uma pessoa com orientação sexual que não coincide com a heteronormativa é um paciente promíscuo.
Por outro lado, o estigma é um processo social que desvaloriza ou marginaliza uma pessoa ou grupo com base em uma característica percebida como indesejável, como foi exposto durante a apresentação oral do seminário. Contudo, é necessário completar esta definição: O sociólogo canadense Erving Goffman conceituou estigma como um atributo profundamente desvalorizador que desacredita um indivíduo perante a sociedade. Em sua obra Estigma: Notas Sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada (1963), ele descreve o estigma como um fenômeno social que surge quando alguém é marcado por uma característica considerada desviada em relação às normas culturais. A palavra "estigma" vem do grego e significa "marca".
Esses conceitos estão interligados: o preconceito alimenta a discriminação, e ambos contribuem para a manutenção do estigma em diferentes contextos sociais, incluindo o da saúde.

Participações orais da turma
Pedro comentou que o trabalho é relevante e esclarecedor, destacando que buscou responder à pergunta 1 e estabelecer conexões com o seminário anterior. Ele também refletiu sobre a homogeneidade do perfil dos estudantes de medicina, observando que, nas escolas privadas, esses alunos têm pouco contato com minorias, o que reduz as oportunidades de desenvolver a intersubjetividade no ambiente escolar.
Além disso, Pedro compartilhou uma percepção adquirida durante o primeiro período do curso, notando que há vagas de estacionamento sobrando em outros centros acadêmicos, enquanto no Centro de Ciências Médicas (CCM) há escassez. Ele também mencionou que os próprios estudantes desvalorizam disciplinas da área humanística, muitas vezes rotulando-as como irrelevantes e cumprindo-as apenas por obrigação, como no caso da disciplina de diversidade.
Hevelly complementou a fala de Pedro, ressaltando a importância do esforço dos docentes para garantir que os alunos tenham contato com comunidades marginalizadas. Ela destacou que a elite manifesta uma espécie de repulsa e que, ao participarem de atividades práticas em comunidades periféricas, alguns estudantes chegam a dizer que a faculdade os colocou em um "buraco" e expressam rejeição ao atendimento dessas populações. Ela também enfatizou que a disciplina, por si só, não é suficiente para desenvolver plenamente a sensibilidade e a competência cultural dos alunos, sendo essencial que haja vivências práticas e contato real com as monorias identitárias. Por fim, ressaltou a necessidade de denunciar casos de discriminação e estigmatização contra minorias no ambiente acadêmico.
Nathália parabenizou o grupo e observou que, por vezes, profissionais de saúde já formados demonstram atitudes preconceituosas. Ela destacou que pacientes podem sentir medo ao perceberem o médico como superior, devido às diferenças de poder na relação médico-paciente. Além disso, mencionou que alguns médicos acreditam que não enfrentarão consequências ao desrespeitar pacientes, e que essa sensação de superioridade frequentemente é normalizada.
Bianca acrescentou que profissionais experientes, especialmente os mais velhos, frequentemente exibem comportamentos discriminatórios em relação a minorias. Ela observou que médicos formados em universidades federais tendem a ser mais humildes e enfatizou a importância da criação de comitês dedicados a avaliar e combater a discriminação e estigmatização de minorias nos ambientes de saúde.
Estudos recentes corroboram essas preocupações. Pesquisas indicam que vieses implícitos podem perpetuar disparidades no atendimento a populações marginalizadas, afetando a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde. Iniciativas têm sido propostas para identificar e mitigar essas tendências, promovendo interações mais equitativas e respeitosas. 
Além disso, a presença de informações tendenciosas nos currículos médicos pode influenciar negativamente a formação dos profissionais, perpetuando preconceitos e práticas discriminatórias. Projetos que utilizam inteligência artificial para identificar e corrigir esses vieses nos materiais educacionais têm sido desenvolvidos, visando a resultados de saúde mais justos e inclusivos. 
Portanto, é fundamental implementar estratégias que promovam a conscientização e a educação contínua dos profissionais de saúde, abordando vieses implícitos e explícitos. A criação de comitês e a adoção de ferramentas tecnológicas podem ser passos significativos para garantir um ambiente de saúde mais inclusivo e equânime para todos os pacientes.
Antônio Neto compartilhou uma experiência vivida como estudante em uma disciplina sobre populações excluídas, destacando uma questão preocupante relacionada ao atendimento à comunidade LGBTQIAPN+ nas Unidades de Saúde da Família. Ele relatou que a discriminação ainda é uma realidade marcante nesses espaços, especialmente para pessoas transexuais, que frequentemente não têm seu nome social reconhecido pelos profissionais de saúde. Essa falta de reconhecimento institucional não apenas fere direitos fundamentais, mas também compromete a dignidade e o acesso equitativo à saúde, princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Observou-se que, diante desse cenário de discriminação, muitas pessoas LGBTQIAPN+ evitam buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sobretudo nos períodos da manhã e da tarde, quando a movimentação é maior. Esse comportamento reforça um fenômeno conhecido na literatura como “evitação de cuidados de saúde” (healthcare avoidance), no qual experiências negativas anteriores e o medo da revitimização afastam determinados grupos do acesso aos serviços de saúde. Diante dessa problemática, a comunidade LGBTQIAPN+ se mobilizou e levou suas demandas à Secretaria Municipal de Saúde, reivindicando a implementação de um atendimento noturno. A proposta visava criar um ambiente onde essas pessoas se sentissem menos expostas à discriminação e mais seguras para acessar os serviços de saúde.
Durante a discussão, Antônio Neto recordou a leitura feita pelo professor Vladimir (Departamento de Promoção da Saúde/CCM/UFPB) de uma frase de Paulo Freire: “Nada é, tudo está.” Esse pensamento freiriano reflete a concepção de que a realidade é dinâmica e está em constante transformação, cabendo à educação e à mobilização social o papel de promover mudanças estruturais. Essa perspectiva dialoga com a necessidade de desconstrução de práticas discriminatórias nos serviços de saúde, enfatizando o caráter processual da construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Vanessa complementou a reflexão trazendo um exemplo dentro do próprio ambiente acadêmico, especificamente no Centro de Ciências Médicas, onde já presenciou diversas manifestações de discriminação velada contra grupos identitários. Segundo ela, discursos passivo-agressivos, frequentemente disfarçados sob a justificativa de que “é só brincadeira”, são uma forma insidiosa de perpetuação da exclusão. Esse tipo de microagressão, conforme apontado por estudos sobre preconceito estrutural, contribui para um ambiente hostil e dificulta a plena inclusão desses grupos, tanto no ensino quanto na assistência à saúde.
Realmente me sinto, como docente, muito satisfeita quando há essa correlação feita pelos meus alunos, quando eles remetem o que estão estudando no momento a vivências anteriores, de outros componentes curriculares e práticas de campo. A frase "Nada é, tudo está", atribuída ao filósofo Paulo Freire, um dos principais pensadores da educação crítica, é uma expressão que reflete e está alinhada ao pensamento dialético e com a pedagogia freireana, que valoriza a educação como um processo contínuo de mudança e construção coletiva.
José Henrique abordou o "processo de apaziguamento de questões que tiveram origem violenta", destacando a necessidade de enfrentamento dessas problemáticas. Ele mencionou a visão do sociólogo pernambucano Gilberto Freyre que, em uma antiga entrevista à revista Veja, afirmou a existência de uma democracia racial no Brasil — um conceito que, na realidade, se revela um mito. Para reforçar essa reflexão, ele citou estudos do genoma humano que indicam que, entre os brasileiros testados, 70% das mulheres apresentam ascendência genética feminina negra. Esse dado convida a uma análise mais profunda sobre o processo histórico de formação da população brasileira e suas implicações na persistência das desigualdades raciais. José Henrique enfatizou ainda que o combate ao preconceito, à discriminação e à estigmatização é um desafio complexo, mas essencial, e que a postura necessária deve ser sempre a do enfrentamento dessas injustiças.
Hevelly trouxe para o debate a questão das diferenças geracionais, discutindo os desafios e malefícios associados a essas disparidades. Ela ressaltou como os preconceitos voltados às gerações mais antigas muitas vezes invisibilizam suas contribuições e perpetuam estereótipos, dificultando o diálogo intergeracional e a valorização da experiência acumulada ao longo do tempo.
Vanessa complementou a discussão trazendo um dado impactante: 85% dos brasileiros reconhecem que o racismo existe no país, mas apenas uma pequena parcela se identifica como racista. Esse paradoxo revela um problema estrutural e cultural profundo, no qual o racismo é amplamente percebido como uma questão externa, sem um reconhecimento individual da própria responsabilidade na reprodução dessas desigualdades.
Por fim, Braz problematizou a ideia de que seria possível atuar sem nenhuma forma de discriminação, destacando que o preconceito, de alguma forma, já está internalizado em todos. Para ilustrar esse ponto, ele compartilhou uma experiência pessoal: ao ir a uma consulta médica, não mencionou inicialmente que era filho de uma médica e que era um estudante de medicina. No entanto, ao revelar essa informação durante a conversa, percebeu uma mudança drástica na postura do profissional que o atendia. Esse episódio o levou a refletir sobre por que o atendimento não havia sido conduzido desde o início com a mesma atenção e respeito, questionando, assim, os critérios subjetivos que influenciam as relações sociais e profissionais.

Participações da turma por escrito
Gabriel Costa afirmou que o trabalho explorou as diferenças entre preconceito, discriminação e estigma na atenção à saúde, destacando como esses fatores impactam o acesso e a qualidade do atendimento. O preconceito foi abordado como um julgamento prévio, baseado em crenças muitas vezes inconscientes que os profissionais de saúde podem ter em relação a determinados grupos, como pessoas LGBTQIAPN+, negros, indígenas e usuários de substâncias psicoativas. Já a discriminação foi apresentada como a concretização desse preconceito em ações ou omissões que resultam em atendimentos negligentes, recusa de cuidados ou tratamento diferenciado. O estigma, por sua vez, foi analisado como um fenômeno social que rotula e marginaliza certos pacientes, comprometendo sua autoestima e adesão ao tratamento. O estudo reforçou a importância de uma formação voltada para a humanização do atendimento e para o reconhecimento desses vieses, propondo estratégias como educação continuada, escuta ativa e acolhimento qualificado para superar essas barreiras no cuidado em saúde.
João Gabriel Toledo destacou que o curso de Medicina, muitas vezes, prioriza excessivamente a dimensão técnica, relegando a segundo plano a formação humanística e social do profissional. Esse enfoque pode perpetuar barreiras de preconceito que se manifestam no exercício da profissão. Em algum momento da carreira, todo médico atenderá pacientes em situação de vulnerabilidade, como pessoas negras, em situação de pobreza ou pertencentes a outros grupos historicamente excluídos. Para garantir um atendimento digno e equitativo, é fundamental que o profissional esteja preparado para acolher e cuidar de qualquer indivíduo que necessite de assistência, reconhecendo a igualdade de todos em dignidade e direitos. Nesse sentido, torna-se indispensável que o curso de Medicina incorpore reflexões sobre essas questões ao longo de sua formação, promovendo uma prática médica mais ética e inclusiva. Além disso, é essencial incentivar a denúncia de discriminações no ambiente de saúde e exigir a aplicação de medidas punitivas adequadas para combater essas práticas.
João Gabriel Moraes complementou ressaltando que preconceito, discriminação e estigma no atendimento à saúde representam barreiras significativas à adesão ao tratamento e impactam negativamente os desfechos clínicos. O receio do julgamento leva muitos pacientes a evitar consultas, omitir sintomas e abandonar tratamentos, resultando em diagnósticos tardios e agravamento de complicações. Grupos como pessoas vivendo com HIV, indivíduos LGBTQIAPN+, usuários de drogas e pessoas com transtornos mentais são particularmente vulneráveis a essas barreiras, o que compromete não apenas sua saúde física, mas também sua saúde mental. A exclusão e o atendimento de baixa qualidade nesses contextos aumentam os índices de morbidade e mortalidade. Para reverter esse cenário, é imprescindível investir na capacitação de profissionais de saúde, na criação de ambientes acolhedores e na garantia do sigilo no atendimento. Além disso, políticas públicas inclusivas devem ser fortalecidas para assegurar um sistema de saúde acessível e equitativo para todos.
Júlia Medeiros complementou a discussão ao destacar que as barreiras no atendimento podem se manifestar tanto de forma explícita, por meio de discriminações diretas e comentários preconceituosos, quanto de maneira sutil, gerando desconforto durante as consultas. Esse ambiente de insegurança pode dificultar a comunicação do paciente sobre suas queixas e sobre como seu contexto cultural influencia sua saúde. Para Júlia, esse cenário não apenas compromete a longitudinalidade da terapêutica, ao fragilizar o vínculo entre médico e paciente, mas também gera impactos significativos na dimensão emocional dos indivíduos. Ela enfatizou que preconceitos reforçados por profissionais de saúde — que deveriam atuar como rede de apoio e referência no cuidado — podem agravar sentimentos de isolamento e baixa autoestima, além de contribuir para o desenvolvimento ou a piora de transtornos mentais, como a depressão. Diante disso, ela defendeu a necessidade de uma formação médica mais sensível às questões da diversidade, de modo a garantir um atendimento que seja tecnicamente competente e humanamente acolhedor.
Rodrigo Lima, ao responder à pergunta apresentada pela equipe do seminário sobre como as barreiras no atendimento afetam a adesão e os excessos clínicos, destacou que a discriminação de grupos minoritários é um problema presente em diversos aspectos da vida das pessoas que sofrem com ela, incluindo o acesso à saúde. Como exemplo de discriminação estrutural, ele mencionou o fato de que, em João Pessoa, foi criado um ambulatório voltado para o atendimento de pessoas LGBTQIAPN+, porém, esse serviço está localizado em um hospital conhecido pelo tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Essa escolha, marcada pela insensibilidade institucional, reforça estereótipos e afasta muitos pacientes do atendimento, levando à perda de uma oportunidade essencial de cuidado em saúde.

Além disso, Rodrigo ressaltou que práticas discriminatórias ocorrem de forma cotidiana, como no caso de médicos que, devido a preconceitos, podem oferecer um atendimento diferenciado a uma pessoa negra, chegando até a prescrever tratamentos distintos daqueles convencionais como forma de expressar sua rejeição. Como consequência, pacientes negros podem perceber essas discrepâncias no atendimento e, por isso, optar por evitar certos profissionais ou até mesmo os serviços de saúde. Essa realidade estrutural compromete o acesso à saúde e impede que milhares de pessoas recebam atendimento adequado.
João Pedro Farias complementou a discussão ao enfatizar a importância de promover um atendimento em saúde mais equitativo, humanizado e livre de discriminação. Ele destacou que a formação dos profissionais de saúde deve ser constantemente aprimorada, com currículos que enfatizem a empatia, a inclusão e o respeito à diversidade cultural, garantindo que o atendimento seja acessível e acolhedor para todos. Além disso, ressaltou que a humanização no cuidado exige políticas institucionais eficazes no combate a preconceitos e estigmas, criando espaços seguros tanto para pacientes quanto para profissionais.
Por sua vez, João Pedro apontou que a identificação e a superação das barreiras ao acesso e à qualidade do atendimento são cruciais. Questões como preconceitos, falta de acessibilidade e comunicação inadequada impactam diretamente a adesão dos pacientes aos tratamentos, além de influenciar negativamente os procedimentos clínicos. O compromisso com um sistema de saúde mais justo passa, portanto, pela eliminação dessas barreiras e pela construção de um ambiente verdadeiramente inclusivo.
Arthur Felipe destacou que as barreiras no atendimento à saúde impactam diretamente a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos dos pacientes. Segundo ele, quando um indivíduo se sente julgado ou desvalorizado, há uma maior tendência a evitar o retorno ao serviço de saúde, o que pode retardar diagnósticos e agravar doenças. Além disso, o julgamento e a discriminação podem gerar sentimentos de vergonha e baixa autoestima. Arthur também ressaltou que os estigmas enfrentados por grupos minoritários estão associados a transtornos alimentares, ansiedade e depressão, fatores que comprometem tanto a adesão ao tratamento quanto a qualidade de vida. Para ele, a superação dessas barreiras por meio de uma atenção mais humanizada e baseada em evidências é essencial para minimizar seus impactos e promover um atendimento mais inclusivo e eficaz.
Também participaram da discussão por comentários escritos os seguintes alunos: Ádria, Rafael Luiz, Lívia, Laura, Anna Luísa, Rafael Carvalho, Kaio Henrique, Maria Fernanda, Ana Clara e Lucas Freire.

NÃO SE REFIRA AO PACIENTE COMO "PORTADOR DE UMA DOENÇA"!

O paciente não é "portador de doenças"!...

AS PESSOAS COM ALTO GRAU DE SAÚDE PSÍQUICA SÃO DIFERENTES?

O que você pensa sobre isso?

IMPACTO DA DISCRIMINAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE

#preconceito #discriminação #serviçodesaúde #medicina #graduação #diversidadeeinclusao #ccmufpb 

Neste vídeo, nossa aluna do terceiro período do curso de graduação em medicina da UFPB, Pamela Gemymma, fala sobre a discriminação e o estigma associados ao atendimento às pessoas com transtornos da saúde mental. 
Ela discorre sobre os atrasos no diagnóstico e tratamento decorrentes desse estigma, prejudicando significativamente os pacientes afetados. Ela discute ainda que isso ocorre porque muitas dessas condições são vistas negativamente, e em termos pejorativos, quando, por exemplo, o paciente é referido como "louco", reforçando o medo das pessoas em sofrimento psíquico em buscar ajuda nos serviços de saúde, receando julgamentos de profissionais, equipes de saúde ou até de familiares e amigos. Pamela afirma ainda que quando o preconceito parte dos próprios profissionais, o atendimento pode ser significativamente comprometido, resultando em menor empatia e atenção ao paciente. Esse estigma também contribui para a exclusão social, dificultando o acesso à saúde para grupos marginalizados, como a população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e minorias raciais, que podem evitar os serviços de saúde por anteciparem um tratamento discriminatório.
Agradecemos à Pâmela pela sua contribuição ao nosso canal Semiovlog Humanitas!...

16 de fevereiro de 2025

III REUNIÃO DO PROJETO "PRAECADENTIA" 2024-2025: Nutrição e Quedas

#extensão #ufpb #prevenção #quedas #idosos #nutrição #vitaminad3 #conscientização #educação #ccmufpb
III Reunião do Projeto de Extensão "Praecadentia"/PROBEX/UFPB
Neste encontro, exploramos aspectos nutricionais importantes para promover a saúde de idosos.

13 de fevereiro de 2025

DEVOLUTIVA DO SEMINÁRIO SOBRE ESTIGMA E DOENÇA MENTAL

 

Esta é a devolutiva para os alunos do Seminário sobre Estigma e Doença Mental, apresentado em 3 de fevereiro de 2025. O Grupo A, composto por Nathália, Hilary, Natália, Maria Fernanda e Pedro Henrique, abordou a diversidade na saúde mental (Figuras 1 a 4).

O seminário foi estruturado em dez tópicos. Inicialmente, os expositores apresentaram um sumário com os principais pontos a serem discutidos. O primeiro tópico tratou da definição de saúde mental, seguido pela compreensão da interseccionalidade e sua relevância nesse contexto. Em seguida, discutiram a prática clínica, suas características e importância na saúde mental. O quarto tópico diferenciou saúde mental e transtornos mentais, explorando os diversos tipos de transtornos. No quinto tópico, foram analisados os impactos da diversidade na saúde mental, considerando recortes étnicos e culturais. Depois, abordaram a psicofobia, conceituando-a e explicando suas manifestações. O sétimo tópico tratou da luta antimanicomial no contexto do sistema de saúde brasileiro, seguido por uma discussão sobre legislações e políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS). No nono tópico, os desafios na assistência à saúde mental das minorias foram debatidos, finalizando com estratégias para aprimorar o atendimento de grupos vulneráveis e minorizados. 
Os diapositivos apresentados durante a exposição estão demonstrados nas figuras a seguir:


Parabenizei o grupo pela abordagem, que trouxe informações essenciais sobre o impacto do estigma nas pessoas com transtornos de saúde mental, ressaltando a importância de estratégias para reduzir a discriminação. A exposição foi bem conduzida e apresentou formas sensíveis de tratar o tema. Houve um esforço do grupo para promover maior interação com a turma, incluindo perguntas norteadoras e resgatando conceitos de aulas anteriores, além de explorar estruturas e estratégias de enfrentamento. No entanto, senti falta de exemplos práticos de situações reais no contexto do Serviço de Saúde, que poderiam ilustrar de forma mais concreta os desafios da discriminação e da estigmatização no dia a dia profissional.

Participações Orais em Sala de Aula
As participações orais foram feitas por Hevilly, Davi, Gabriel Salomão, Natália, Maria Eduarda, Ana Luisa, Laura, Carolina, Júlia e José Henrique, cujas intervenções foram respondidas e discutidas de forma apropriada pelos integrantes do grupo responsável pelo seminário.
Hevilly abriu o debate com a primeira pergunta problematizadora, destacando o uso de fitoterápicos que, muitas vezes, não são informados ao médico, o que pode resultar em interações adversas para os pacientes. Davi compartilhou suas experiências em um centro de saúde mental com idosos e refletiu sobre como essa vivência o ajudou a compreender melhor as situações cotidianas enfrentadas por pessoas com transtornos mentais. Ele ressaltou que, embora o diagnóstico e o tratamento farmacológico sejam fundamentais, aspectos como acolhimento, participação em terapias comunitárias, terapia ocupacional e a adoção do método clínico centrado na pessoa são igualmente essenciais para o cuidado integral.
Maria Fernanda, integrante do grupo expositor do seminário, reforçou essa visão ao destacar que esses aspectos não se excluem, mas devem ser integrados, garantindo um atendimento interdisciplinar mais eficaz.
Gabriel Salomão abordou a questão da estereotipagem, destacando como os pacientes com transtornos mentais são frequentemente rotulados como "loucos". Ele sugeriu que a universalização dos conceitos poderia minimizar esse problema, citando, por exemplo, a importância de não tratar a depressão como uma futilidade. Como exemplo, mencionou o depoimento do padre Marcelo Rossi, uma figura pública, que utilizou as mídias sociais para reforçar a existência real da depressão.
Natália refletiu sobre essa questão e destacou que tal visão é fruto da ignorância, reforçada por fatores socioeconômicos desfavoráveis e pelo baixo acesso à educação na sociedade. Hilary, que participou do seminário junto com Natália, ressaltou a importância do diálogo contínuo e destacou o papel fundamental da família, enfatizando que ela também precisa ser informada sobre essas questões.
Ana Luisa compartilhou sua experiência na Unidade de Saúde da Família, onde participou de terapias comunitárias voltadas para mulheres mais velhas que se sentiam sozinhas. Nessas atividades, elas eram acolhidas em rodas de conversa, destacando a ideia de que o tratamento não se resume apenas ao uso de medicamentos, mas envolve diversas intervenções. Ela também mencionou a folha de São João, alertando sobre seu impacto no citocromo hepático e os possíveis riscos de interação com outros fármacos. Além disso, comentou sobre o termo "psicofobia", que desconhecia até aquele seminário, e ressaltou a importância de figuras públicas compartilharem suas experiências com transtornos de saúde mental, ajudando a normalizar o tema e incentivando a busca por superação.
Pedro, integrante do grupo do seminário, abordou as práticas comunitárias e a reforma psiquiátrica, enfatizando o crescimento e a relevância das práticas integrativas e complementares como abordagens terapêuticas em expansão.
Maria Eduarda destacou a continuidade da luta antimanicomial e a necessidade de combater o estigma ainda presente em relação aos transtornos mentais. Ela apontou que expressões como "vai para o CAPS" refletem preconceitos e reforçam barreiras que dificultam o acesso ao cuidado adequado. Além disso, enfatizou a importância da informação para desconstruir esses estigmas.
Ela também ressaltou que a abordagem da saúde mental, atualmente muito centrada na farmacologia, precisa ser repensada, já que os transtornos mentais, assim como outras doenças crônicas, exigem um olhar integral. Muitas vezes, o próprio ambiente familiar pode ser um fator agravante. No feedback do grupo do seminário, Maria Eduarda observou que, em alguns casos, o uso de medicamentos poderia ser evitado, como no consumo excessivo de ansiolíticos, priorizando mudanças no estilo de vida para a promoção da saúde mental.
Natália acrescentou que o uso indiscriminado de ansiolíticos tem sido frequente entre estudantes que se preparam para o ENEM, refletindo a banalização do diagnóstico de ansiedade. Ela também alertou para o hiperdiagnóstico de transtornos como TDAH, depressão e ansiedade, o que pode levar a um excesso de medicalização sem uma análise aprofundada das reais necessidades dos pacientes.
Hilary, por sua vez, mencionou que, em João Pessoa, o hospital psiquiátrico Juliano Moreira ainda preserva as antigas celas onde, no passado, os pacientes eram mantidos confinados. No entanto, com os avanços da reforma psiquiátrica, a instituição passou a oferecer atividades como a arteterapia, promovendo novas abordagens de cuidado e reabilitação.
Laura destacou que o estigma também afeta os profissionais de saúde mental. Enfatizou a importância da terapia comunitária e compartilhou que, como estudante de graduação, às vezes sente insegurança sobre o que dizer, informar ou como agir diante de pacientes com transtornos mentais. No entanto, reconhece que uma de suas funções essenciais é oferecer acolhimento.
Karolina comentou que o TDAH é frequentemente mais prevalente entre estudantes do que sua ausência, ou seja, em um grupo de alunos, há mais pessoas com esse diagnóstico do que sem ele. Além disso, relatou uma experiência na Unidade de Saúde da Família, mencionando que, apesar das melhorias no atendimento, algumas pessoas relatam estar bem apenas para conseguir vender medicamentos controlados, como o Rivotril.
Júlia abordou o contexto histórico e moralizante das Santas Casas, discutindo o papel das unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) na abordagem dos transtornos mentais e sua etiologia. Explicou que, por volta de 1902, os hospitais psiquiátricos começaram a instituir novas diretrizes institucionais, o que teve um impacto significativo na formação da sociedade.
Pedro acrescentou que pessoas homossexuais e pertencentes a grupos racializados também sofreram intensamente com estigmatização. Ele mencionou que muitos foram submetidos à chamada "cura gay", um conceito equivocado que ainda persiste no imaginário social de algumas populações. Ressaltou ainda que determinados grupos vivem em bolhas sociais, onde esse imaginário restrito influencia e molda suas relações.
José Henrique abordou a questão dos estereótipos associados às pessoas com transtornos de saúde mental, destacando que, de certa forma, é impossível escapar deles. A maneira como a sociedade enxerga essas condições muitas vezes é moldada por concepções estereotipadas, que reduzem a complexidade das experiências individuais a rótulos simplificados. Além disso, ele mencionou a secularização como um fator relevante nesse contexto, possivelmente no sentido de como a compreensão da saúde mental se deslocou de interpretações religiosas ou espirituais para uma abordagem mais científica e, em alguns casos, excessivamente biomédica.
Hevilly complementou essa discussão citando o livro 21 Lições para o Século 21, de Yuval Noah Harari, no qual há uma reflexão sobre como os indivíduos são constantemente desconstruídos em suas identidades e crenças, muitas vezes sem que percebam. Isso se conecta à ideia de uma sociedade medicalizada, onde a medicalização da vida cotidiana pode levar à falta de questionamento sobre os fatores sociais e econômicos que influenciam a saúde mental. O perigo da medicalização excessiva reside no fato de que, ao focar exclusivamente nos tratamentos farmacológicos, muitas vezes se negligencia a análise das condições de vida das pessoas e dos sinais que indicam sofrimento psíquico relacionado a questões estruturais, como desigualdade, precarização do trabalho e isolamento social.
Um exemplo dessa crítica vem do pensador Mark Fisher, que refletiu profundamente sobre os impactos da medicalização e da alienação na sociedade contemporânea. Em suas obras, como “Realismo Capitalista”, ele analisou como a cultura neoliberal contribui para a intensificação do sofrimento psíquico, ao transformar angústias existenciais e sociais em questões individuais a serem tratadas com medicação, em vez de abordadas como sintomas de um problema sistêmico. Fisher, que sofria de depressão, acabou tirando a própria vida, o que, de certa forma, evidencia a urgência de discutir a relação entre sociedade, sofrimento psíquico e os limites da medicalização como resposta única a esses desafios.

Participações Escritas em Sala de Aula
Pamela destacou que alguns grupos sociais enfrentam maior dificuldade de acesso à informação, o que pode dificultar a identificação ou até mesmo a consideração da possibilidade de um transtorno mental. Esse cenário impõe ao médico uma postura mais empática e comprometida, exigindo que ele leve em conta todo o histórico do paciente e os impactos da estigmatização resultante do acesso limitado à informação. Para isso, é fundamental adotar uma comunicação sensível e inclusiva.
Essa realidade também influencia a abordagem terapêutica, que deve ser adaptada para garantir que o paciente tenha condições de seguir o tratamento e esteja aberto às práticas de cura tradicionais. Dessa forma, evita-se a desvalorização das concepções culturais que atribuem importância a esses métodos. O médico, por exemplo, poderia estudar os principais medicamentos utilizados por grupos indígenas e compreender suas interações no organismo, conciliando tratamentos baseados em evidências científicas com o uso de fitoterápicos.
Além disso, Pamela mencionou ter ouvido a expressão "todo mundo é louco", uma frase problemática por vários motivos. Ela não apenas induz à banalização dos transtornos mentais, reduzindo a atenção e preocupação com aqueles que realmente necessitam de cuidado, mas também reforça o uso pejorativo do termo "louco", alimentando o preconceito em relação às doenças psiquiátricas. Esse tipo de discurso pode dificultar a adesão às consultas e ao tratamento por parte de quem precisa de apoio. Diante de falas assim, é essencial intervir, explicando de forma didática o que é saúde mental e os danos causados pela disseminação de ideias preconceituosas, mesmo quando expressas de maneira sutil.
Arthur Felipe destacou que um dos aspectos mais marcantes do seminário foi a discussão sobre a luta antimanicomial. Um livro que ilustra bem essa realidade no Brasil é Holocausto Brasileiro, que relata a história do manicômio de Barbacena, um dos maiores do país. A obra evidencia o tratamento desumano ao qual os internos foram submetidos e aborda aspectos da reforma psiquiátrica no Brasil. No entanto, como estudamos nas disciplinas CRAS e Diversidade, ainda persistem desafios, como o subfinanciamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e a resistência de setores que defendem a internação compulsória.
Quanto à segunda questão, certos grupos podem ter seus sintomas subestimados ou supervalorizados devido a preconceitos. Um exemplo disso é o diagnóstico de depressão em homens, que pode ser menos frequente devido ao estereótipo de que devem demonstrar força emocional, o que dificulta o reconhecimento e o tratamento adequado da doença.
João Gabriel Moraes ressaltou que os estereótipos culturais influenciam o diagnóstico e o tratamento de transtornos mentais, evidenciando a importância da sensibilidade cultural na prática médica e na saúde mental. Para evitar erros diagnósticos e garantir um atendimento mais inclusivo e eficaz, os profissionais de saúde devem estar atentos a esses vieses. Além disso, abordar a saúde mental no contexto de diferentes comunidades contribui para a redução do estigma associado aos transtornos mentais.
Ana Clara comentou sobre a primeira pergunta do grupo, relacionando-a à disciplina de Medicina Baseada em Evidências, que está cursando com sua turma. Ela sempre se questionou sobre como integrar as práticas tradicionais à prática médica, especialmente quando há pouca ou nenhuma evidência científica sobre sua eficácia, seja na fitoterapia ou em outras práticas integrativas.
Esse questionamento a levou à terceira pergunta do grupo: como aprimorar o sistema de ensino para que os futuros médicos consigam equilibrar o paradigma baseado em evidências com as práticas tradicionais? Para ela, o caminho passa pelo investimento em pesquisa e pela superação dos estigmas que envolvem essas abordagens. No entanto, ela se pergunta até que ponto um modelo de ensino tão centrado na alopatia conseguirá abranger essa integração — e, mais importante, como isso poderia ser feito?
Rodrigo Lima, ao responder à questão “Como o ensino médico pode ser aprimorado para que futuros médicos atendam à diversidade cultural de forma mais humanizada e eficaz na saúde mental?”, afirmou que a estrutura curricular do curso já oferece uma base suficiente. No entanto, para garantir uma formação mais sensível e eficiente, é necessário ampliar a abordagem dentro das disciplinas existentes, incorporando a diversidade como um aspecto fundamental do aprendizado, e não como um elemento separado.
Ele destacou que ainda há um forte estigma em relação à saúde mental, especialmente quando se trata de grupos culturalmente minorizados. Conforme apontado na apresentação do seminário, persiste a visão equivocada de que questões de saúde mental são sinônimo de loucura. Esse preconceito se intensifica quando aplicado a grupos como idosos ou a população LGBTQIAPN+, cujas formas de viver são frequentemente associadas a patologizações indevidas.
Dessa forma, Rodrigo defende que melhorar e diversificar o atendimento médico não significa apenas reconhecer a existência de diferentes grupos, mas sim desenvolver a capacidade de adaptar o cuidado às especificidades de cada paciente. Para isso, ele sugere que os estudantes participem de oficinas com diferentes populações e se envolvam em projetos que os coloquem em contato direto com a realidade desses grupos, permitindo uma compreensão mais profunda de suas questões de saúde mental.
Rafael Luiz destacou que a apresentação abordou de maneira abrangente a estigmatização sofrida por grupos minoritários na sociedade, explorando a relação entre esse preconceito e o desenvolvimento de transtornos psicológicos, especialmente depressão e ansiedade. Além disso, o grupo trouxe uma questão essencial: qual deve ser o papel do Estado diante dessa realidade? A resposta apontada foi a necessidade de uma atuação ampla do Ministério da Saúde nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com atenção especial às populações indígenas, quilombolas e marginalizadas.
João Gabriel Toledo ressaltou que, devido a um histórico de discriminação – como no caso de indígenas, pessoas negras, transexuais e homossexuais –, esses grupos enfrentam uma pressão social significativa, o que impacta diretamente sua saúde mental. Como exemplo emblemático dessa perseguição, mencionou o caso do inventor do computador, Alan Turing, que foi submetido à castração química pelo governo britânico por sua orientação sexual.
Gabriel Moreira, por sua vez, trouxe uma reflexão crítica sobre a expansão da Classificação Internacional de Doenças (CID), especialmente no que tange à categorização das doenças mentais. Ele apontou como essa classificação pode, em alguns casos, reforçar a lógica manicomial, apesar das legislações antimanicomiais vigentes. A rotulação excessiva pode estigmatizar pacientes que poderiam ser tratados de forma menos patologizante. Dessa forma, destacou a importância de que o diagnóstico seja uma ferramenta de compreensão e não uma sentença definitiva. 
Assim, os alunos enfatizaram a necessidade de que os profissionais de saúde adotem uma abordagem crítica e interdisciplinar, pautada na sensibilidade cultural. Isso implica reconhecer e respeitar as diferentes formas de percepção das doenças mentais entre diversos grupos, como indígenas, pessoas LGBTQIAPN+, idosos, entre outros, cada qual com sua própria visão sobre saúde e sofrimento psíquico.
Lucas Freire relatou que, no período passado, durante um dia na Unidade de Saúde da Família, uma paciente transexual chegou desesperada, exigindo acesso a hormônios femininos. No entanto, o medicamento não lhe foi fornecido. Enquanto isso, alguns médicos reagiram com deboche, taxando-a de louca, enquanto ela chorava e gritava. O episódio o marcou profundamente, pois ficou evidente que sua angústia ia além da busca pelo hormônio; tratava-se de um sofrimento socioemocional agravado pelo estigma e pela falta de acolhimento no ambiente de saúde.
Vanessa Ingrid, por sua vez, destacou a importância dos espaços de atendimento voltados à população LGBTQIAPN+, que oferecem um ambiente seguro e livre de preconceitos. No entanto, apontou uma limitação significativa: o receio de algumas pessoas em frequentar esses locais por medo da exposição e do julgamento alheio. Essa barreira pode ser ainda mais desafiadora para aqueles que ainda não assumiram sua orientação sexual, tornando-se um obstáculo ao acesso ao acolhimento adequado.
Gabriel Costa destacou que a saúde mental continua sendo amplamente estigmatizada, afetando não apenas os indivíduos que necessitam de cuidados, mas também suas famílias e ambientes de trabalho. Esse estigma representa um obstáculo significativo à recuperação e reabilitação. Além disso, a exclusão social e a desumanização enfrentadas pelos pacientes tornam-se questões fundamentais a serem abordadas no atendimento prestado pelos profissionais de saúde. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece serviços essenciais do SUS para pessoas em situação de crise, mas muitos profissionais ainda não estão devidamente preparados para lidar com essas demandas de forma adequada.
Adria Simões ressaltou que os estereótipos culturais podem resultar em diagnósticos equivocados e tratamentos ineficazes na saúde mental. A conscientização dos profissionais é essencial para garantir um cuidado mais justo e eficiente. Segundo ela, esses estereótipos não apenas dificultam o diagnóstico, mas também contribuem para subdiagnósticos, uma vez que, em algumas culturas, transtornos mentais podem ser interpretados como manifestações místicas ou sinais de fraqueza. A inclusão de disciplinas como a nossa em outros centros acadêmicos, aliada ao contato com diferentes contextos sociais, poderia preparar melhor os futuros profissionais para um atendimento mais empático e eficaz.
Com base nas discussões do seminário, Adria também reforçou a importância da saúde mental para o bem-estar e a qualidade de vida, destacando a depressão e a ansiedade como dois dos transtornos mais prevalentes e incapacitantes. O acesso a um sistema de saúde inclusivo e dinâmico é fundamental para garantir diagnóstico precoce, tratamento adequado e suporte contínuo. Estratégias como atendimento multidisciplinar, acolhimento humanizado e políticas eficazes são essenciais para assegurar que todas as pessoas recebam o cuidado necessário, promovendo uma abordagem integral e acessível à saúde mental.
Lívia Dantas respondeu à terceira pergunta levantada pelo grupo: como aprimorar o ensino médico para que futuros médicos atendam à diversidade cultural de forma mais humanizada e eficaz na saúde mental? Um fator essencial para isso é o contato precoce dos estudantes com comunidades diversas. Na UFPB, essa disciplina faz parte da grade curricular, mas em muitas universidades ainda não está incluída. Esse contato desde os primeiros períodos contribui para o aprendizado sobre diferentes contextos culturais e sociais. Nas visitas às unidades de saúde, por exemplo, nos deparamos com jovens e idosos que enfrentam transtornos mentais sem acesso adequado a suporte psicológico. Isso nos permite compreender tanto as particularidades desses pacientes quanto a escassez de recursos nesses serviços, transmitindo uma percepção de descaso e negligência no atendimento à saúde mental.
Além disso, é fundamental que, durante as aulas, sejam discutidos casos clínicos que contemplem diversos grupos, com foco no atendimento em saúde mental. Isso prepara os estudantes para consultas individuais centradas no paciente, baseadas na escuta ativa, livres de estereótipos e capazes de estabelecer vínculos de confiança na relação terapêutica. Rafael Carvalho destacou que a apresentação o fez refletir sobre como os estereótipos contribuem para a estigmatização e marginalização, dificultando o acesso ao tratamento. Esse estigma pode levar a diagnósticos imprecisos e tratamentos inadequados, resultando na desistência ou na não procura por ajuda.
Por isso, a Política Nacional de Saúde Mental é tão essencial. Ela estabelece que é dever do Estado brasileiro garantir condições dignas de cuidado para toda a população, assegurando esses direitos por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Essa rede, composta por UBS, CAPS e RAPS, pode proporcionar um suporte contínuo ao longo do tratamento, com o auxílio de profissionais qualificados, contribuindo para a proteção dos pacientes contra os estigmas e garantindo um cuidado integral.
Antônio Neto destacou que grande parte do conteúdo apresentado durante o seminário está relacionada à banalização de conceitos e ao uso equivocado da desinformação atribuída a indivíduos LGBTQIAPN+. Nesse contexto, ele trouxe uma contribuição teórica relevante ao tema: o conceito de carnavalização, desenvolvido pelo sociólogo Mikhail Bakhtin. Segundo essa teoria, ocorre um processo de apropriação de formas, imagens e linguagens que, ao serem associadas ao riso, acabam por exagerar e distorcer determinadas pautas. Ele exemplificou essa ideia mencionando como expressões jocosas, como chamar alguém de "louco" de maneira pejorativa ou ironizar instituições como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ao associá-los exclusivamente a "lugares de doidos", contribuem para a carnavalização. Esse fenômeno, segundo ele, pode minimizar a seriedade de questões fundamentais, como a saúde mental, transformando-as em meras caricaturas.
João Pedro Farias, por sua vez, ressaltou a profunda influência da diversidade cultural na percepção, no diagnóstico e no tratamento da saúde mental. Ele enfatizou que essa diversidade impõe desafios significativos à medicina, tornando essencial a integração entre práticas tradicionais e abordagens científicas para garantir um cuidado mais inclusivo. Segundo ele, é fundamental que as práticas culturais sejam respeitadas e que haja um diálogo contínuo com a medicina moderna, desde que essas práticas sejam seguras e eficazes. Além disso, ele destacou a necessidade de superar estereótipos culturais que podem distorcer diagnósticos e tratamentos. Para isso, é imprescindível capacitar os profissionais de saúde a reconhecer e evitar preconceitos e estereotipagem, que, no contexto da saúde mental, podem levar à negligência de diversos transtornos ou à patologização indevida de comportamentos que, na realidade, não configuram um quadro patológico.
Bianca Catarina destacou que o seminário abordou a saúde mental e suas múltiplas implicações, enfatizando a relevância dos temas discutidos. Ela ressaltou que o grupo trouxe uma abordagem voltada para minorias sociais, como mulheres, população LGBTQIA+, pessoas neurodivergentes (PN+) e pessoas com deficiência. Segundo ela, a saúde mental desses grupos ainda é pouco debatida, pois a sociedade tende a tratar a saúde de forma generalizada, sem considerar as particularidades históricas e estruturais que influenciam cada grupo.
Outro ponto que chamou sua atenção foi a seguinte questão: Como o ensino médico pode ser aprimorado para contemplar a diversidade cultural de forma mais humana e eficaz? Para Bianca, a formação médica desempenha um papel essencial nesse processo. Ela acredita que experiências práticas em ambientes diversos deveriam ser intensificadas, pois, como estudante, reconhece a importância dessas vivências para o aprendizado.
Beatriz Borba, por sua vez, trouxe uma perspectiva internacional para a discussão, abordando aspectos culturais e multiculturais do ensino médico. Ela mencionou que recebe intercambistas em sua casa, provenientes de países como Turquia e Egito, e, ao refletir sobre a questão do aprimoramento do ensino médico, destacou a importância da inserção precoce dos estudantes em unidades de saúde da família e disciplinas voltadas à saúde coletiva, como o CRAS.
Kaio Henrique salientou que é impossível dissociar o contexto social do indivíduo ao abordar sua saúde mental. Nesse sentido, as desigualdades sociais enfrentadas por diversos grupos contribuem para o surgimento ou agravamento de transtornos psicossociais, em razão do preconceito e da discriminação. Além disso, é fundamental reconhecer o estigma que recai sobre aqueles que buscam ajuda psiquiátrica. Ele destacou ainda a importância da rede psicossocial como alternativa ao modelo manicomial, uma vez que sua atuação tende a reduzir a marginalização e a segregação.

8 de fevereiro de 2025

HISTÓRICO DE TABAGISMO POR ANOS-MAÇO

#cargatabágica #tabagismo #anosmaço #risco #semiologiamedica 
A carga tabágica é uma medida composta com base na intensidade e duração do tabagismo — uma ferramenta clínica amplamente empregada  para quantificar a exposição de um indivíduo ao tabaco e avaliar seu risco de câncer de pulmão e outras doenças relacionadas ao tabagismo.

6 de fevereiro de 2025

O DECÚBITO DE ANDRAL

#decúbito #andral #pleurite #saude #educaçãomédica #semiologiamedica #derramepleural #dorpleurítica #examedotorax #pulmao #torax #clinicamedica #ccmufpb 
Neste vídeo, exploro um aspecto discutido hoje com meu grupo de práticas em Semiologia Médica: o chamado decúbito de Andral, descrito por Gabriel Andral no século XIX. Tivemos a oportunidade de revisitar alguns achados clássicos que, apesar de antigos, seguem sendo valiosos no raciocínio diagnóstico. 
Os sinais clássicos não são apenas parte da história da medicina, mas instrumentos essenciais para a prática médica atual, ajudando na formação de médicos mais preparados e atentos aos detalhes clínicos que podem fazer a diferença no cuidado ao paciente.

2 de fevereiro de 2025

TRANSTORNOS MENTAIS E ESTIGMA

#doençamental #estigma #psicofobia  #preconceito #discriminação #antropologiadasaude #mentecorpo #semiologiamedica #lutaantimanicomial #diversidadeeinclusao #exclusão #ccmufpb  
Neste vídeo, abordo o problema do estigma, preconceito e discriminação contra pessoas com doenças mentais, que podem ser sutis ou óbvios — mas não importa a magnitude, eles podem levar a danos significativos. Pessoas com doenças mentais são marginalizadas e discriminadas de várias maneiras, mas entender como isso se parece e como lidar e erradicar isso pode ajudar.

16 de janeiro de 2025

SÍNDROMES CARDIOVASCULARES: (1) UMA INTRODUÇÃO

#síndromes #cardiovascular #semiologiamedica #estudantesdegraduação #medicina #ccmufpb #ufpb 

Bem-vindos à nossa série educativa sobre síndromes cardiovasculares neste primeiro vídeo de quatro! Este é o primeiro vídeo da série.
Neste vídeo (Parte 1), apresento a Introdução ao tema das síndromes cardiovasculares, focando em aspectos clínicos e fisiopatológicos gerais.
Fique à vontade para deixar suas perguntas, comentários e sugestões abaixo. Estamos aqui para promover o aprendizado e a troca de conhecimento na área da saúde para estudantes de graduação deste campo fascinante. Obrigada por assistir! Comente! Compartilhe!

14 de janeiro de 2025

O PACIENTE AUTOSSABOTADOR

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Neste vídeo, exploro os padrões de comportamento autolesivo do paciente no processo de cuidado em saúde. Compreender esses padrões é essencial para estabelecer um cuidado centrado no paciente, promover adesão ao tratamento e melhorar os desfechos clínicos. Os padrões de comportamento do paciente desempenham um papel central no cuidado em saúde. A identificação e compreensão desses padrões permitem ao profissional de saúde ajustar suas abordagens, garantindo um cuidado mais humano, eficaz e centrado no paciente. Além disso, o suporte contínuo e a comunicação clara são fundamentais para promover uma experiência de cuidado positiva e melhorar os resultados terapêuticos.

13 de janeiro de 2025

FISIOPATOLOGIA DOS TREMORES: Há substrato anatomopatológico evidenciável?

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Neste vídeo, abordo a fisiopatologia dos tremores, abordando se há substrato anatomopatológico evidenciável ou apenas anormalidades funcionais. Há dois princípios básicos postulados na tremorgênese: (1) hiperexcitabilidade funcional e oscilação rítmica de loops neuronais na ausência de mudanças estruturais, e (2) uma patologia estrutural permanente com sinais de neurodegeneração
Referências citadas:
Pandey S, Bhattad S, Hallett M. The Problem of Questionable Dystonia in the Diagnosis of 'Essential Tremor-Plus'. Tremor Other Hyperkinet Mov (N Y). 2020 Aug 13;10:27. doi: 10.5334/tohm.539. PMID: 32864186
Baizabal-Carvallo JF, Hallett M, Jankovic J. Pathogenesis and pathophysiology of functional (psychogenic) movement disorders. Neurobiology of Disease 2019; 127: 32-44
Lenka A, Jankovic J. Tremor Syndromes: Current Concepts and Future Perspectives Front. Neurol., Sec. Movement Disorders 2021, 12. https://doi.org/10.3389/fneur.2021.68...
Marshall, A. (1984). Pathology of tremor. In: Findley, L.J., Capildeo, R. (eds) Movement Disorders: Tremor. Palgrave Macmillan, London. https://doi.org/10.1007/978-1-349-067...


12 de janeiro de 2025

SEMIOLOGIA CLÍNICA DOS TREMORES

#tremoressencial #tremores #tremorfuncional #saude #educaçãomédica #semiologiamedica #transtornosdomovimento #parkinsonismo #doençadeparkinson #clinicamedica 
Neste vídeo, exploro a semiologia dos tremores. A maioria dos tremores pode ser classificada com base em características clínicas observáveis: padrão anatômico; proeminência relativa do tremor em repouso, ao manter uma postura e com ação; freqüência; ritmicidade; amplitude; fatores agravantes ou atenuantes; e presença ou não de outros sinais ou sintomas neurológicos.
Referências citadas:
- Louis ED, McCreary M. How Common is Essential Tremor? Update on the Worldwide Prevalence of Essential Tremor. Tremor Other Hyperkinet Mov (N Y). 2021 Jul 9;11:28. doi: 10.5334/tohm.632. 
- Labiano-Fontcuberta A, Benito-León J. Temblor esencial y enfermedad de Parkinson: ¿existe una asociación? [Essential tremor and Parkinson's disease: are they associated?]. Rev Neurol. 2012 Oct 16;55(8):479-89
- Baizabal-Carvallo JF, Hallett M, Jankovic J. Pathogenesis and pathophysiology of functional (psychogenic) movement disorders. Neurobiology of Disease 2019; 127: 32-44
- Testa CM. Key issues in essential tremor genetics research: Where are we now and how can we move forward? Tremor Other Hyperkinet Mov (N Y). 2013;3:tre-03-105-1843-1. doi: 10.7916/D8Q23Z0Z.

11 de janeiro de 2025

TREMOR FUNCIONAL E TREMOR ESSENCIAL

#tremoressencial #tremores #tremorfuncional #saude #educaçãomédica #semiologiamedica #transtornosdomovimento #parkinsonismo
Neste vídeo, exploro as diferenças conceituais e semiológicas entre tremor funcional e tremor essencial.

9 de janeiro de 2025

O TERMO "PSICOGÊNICO" PARECE OBSOLETO?

#perestrello #medicinadapessoa #editoraatheneu #resumo #leitura #filosofia #antropologiadasaude #psicossomática #mentecorpo #anamnese #escutaativa #semiologiamedica 
Neste vídeo, a partir de uma ideia do capítulo 3 do livro "A Medicina da Pessoa", de Danilo Perestrello, abordo esta assertiva “O termo ‘psicogênico’ tornou-se obsoleto e inadequado para a compreensão da medicina centrada na pessoa” (Perestrello, 1996).
O que você pensa sobre essa ideia? Comente!...

6 de janeiro de 2025

MÉDICO INQUISIDOR E PACIENTE INTERROGADO

#perestrello #medicinadapessoa #editoraatheneu #resumo #leitura #filosofia #antropologiadasaude #psicossomática #mentecorpo #anamnese #interrogatório #escutaativa 
Neste vídeo, a partir do capítulo 4 do livro "A Medicina da Pessoa", de Danilo Perestrello, abordo a importância da anamnese não dirigida, que para além das perguntas específicas de um interrogatório estruturado, é fundamental permitir que o paciente fale livremente e, mais importante, permitir-se ouvi-lo com atenção. Assim, coloco algumas perguntas reflexivas a partir da leitura desse capítulo:
1. Como o modelo tradicional de interrogatório médico pode ser adaptado para criar um ambiente mais humanizado e de confiança?
2. De que forma os médicos podem ser treinados para desenvolver escuta ativa e empatia durante sua formação?
3. Qual o impacto da comunicação não verbal na relação médico-paciente, especialmente em contextos de alta tensão emocional?

5 de janeiro de 2025

DOENÇA E EXISTÊNCIA

#perestrello #medicinadapessoa #editoraatheneu #resumo #leitura #filosofia #antropologiadasaude #psicossomática #mentecorpo 

Neste vídeo, abordo a doença entendida como uma forma de ser da pessoa, a expressão máxima de sua crise existencial, a partir do capítulo 3 do livro "A Medicina da Pessoa", de Danilo Perestrello.

4 de janeiro de 2025

UMA FÁBULA: VIVENDO, MORRENDO E APRENDENDO

#vivendoeaprendendo #morrendoeaprendendo #aprender #vida #aprendizado #ccmufpb #ufpb #fabuła #historias #vivências #contandoumahistória #significados #reflexõesdevida 

Esta história deriva de uma antiga tradição portuguesa, que foi mudando ao longo do tempo, com a troca de verbos de "morrendo" para "vivendo".
A história é como uma fábula, que sugere que o aprendizado não está restrito aos contextos formais ou às fases iniciais da vida. Ele é parte intrínseca da condição humana e ocorre em qualquer circunstância, até nos momentos de maior vulnerabilidade. 
A lição central dessa história parece ser a de que devemos estar sempre abertos à aprendizagem, em qualquer fase da nossa existência.

"A MEDICINA DA PESSOA": REVISITANDO O LIVRO DO PROF. PERESTRELLO

#perestrello #medicinadapessoa #editoraatheneu #resumo #leitura #filosofia #antropologiadasaude #psicossomática #mentecorpo 

Neste vídeo, revisito brevemente a obra "A Medicina da Pessoa", livro do Prof. Danilo Perestrello, que apresenta uma reflexão profunda e necessária sobre a prática médica, fundamentada em princípios éticos, humanistas e holísticos.

3 de janeiro de 2025

COMUNICAÇÃO MÉDICO-PACIENTE: DIALOGAR, NÃO IMPOR DECISÕES

#tomadadedecisão #comunicação #pacientes #experienciadocliente #anamnese #subjetivo #entrevistaclínica  #consultamedica #semiologiamedica #ccmufpb #medicina #diagnostico #aprendizado #educação   

Neste vídeo, apresento o resumo de um estudo sobre preferências de poder decisório dos pacientes hospitalizados e converso sobre como pacientes diferentes têm necessidades distintas em relação à tomada de decisão e sua atividade ou passividade no contexto clínico. 

Estudo referido: 
Becker, C., Gross, S., Gamp, M. et al. Patients’ Preference for Participation in Medical Decision-Making: Secondary Analysis of the BEDSIDE-OUTSIDE Trial. J GEN INTERN MED 38, 1180–1189, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s11606-022-07775-z

Inscreva-se no nosso canal!: youtube.com/rilva1000
@rilva1000

24 de dezembro de 2024

NOSSO ANO NO YOUTUBE EM 2024: RETROSPECTIVA

Cada interação com vocês é um lembrete de que estamos construindo algo significativo juntos. Muito obrigada por estar ao meu lado nesta jornada!
✨ Que 2025 seja ainda mais produtivo, com conteúdos que continuem a inspirar, ensinar e conectar pessoas. 
Vamos juntos rumo a um novo ano de conquistas! 🚀
Feliz Natal a tod@s!

21 de dezembro de 2024

#RPD13 - HÁBITOS EFICAZES DE ESTUDO

#reflexãodocente #medicinaUFPB #ufpb #aprendizagemativa #ensineparaaprender #eternoestudante #andragogia #quora #forumdetarefas

Este vídeo é da Playlist Reflexão da Prática Docente - #rpd número 13 (RPD13)
Neste vídeo #RPD número 13, apresento e analiso um texto sobre estratégias para aprender em uma reflexão sobre formas eficientes de adquirir conhecimento no ambiente acadêmico e geral. 

17 de dezembro de 2024

ECTOSCOPIA - PARTE 3: PELE, MUCOSAS, EXTREMIDADES E LINFONODOS.

#ectoscopia #semiologiamedica #exameclinico #edema #pele #lesoeselementares #mucosas #ccmufpb #ufpb 

Nesta videoaula, ECTOSCOPIA - PARTE 3, concluo a abordagem dos elementos da avaliação do exame físico geral: PELE, MUCOSAS, SUBCUTÂNEO, EXTREMIDADES E LINFONODOS.

1 de dezembro de 2024

COMUNICAÇÃO COMO A ESSÊNCIA DA INTERAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

#comunicação #experienciadocliente #carlrogers #anamnese #subjetivo #entrevistaclínica  #consultamedica #relaçãomedicopaciente  #raciocinioclinico #semiologiamedica #ccmufpb #medicina #diagnostico #aprendizado #educação   

Neste vídeo, exploro a importância da interação humana no centro do cuidado em saúde, com foco na comunicação. 

30 de novembro de 2024

COMO AS PERSONALIDADES INDIVIDUAIS MOLDAM A INTERAÇÃO MÉDICO-PACIENTE?

#experienciadocliente #anamnese #subjetivo #entrevistaclínica  #consultamedica #personalidade #raciocinioclinico #semiologiamedica #ccmufpb #medicina #diagnostico #aprendizado #educação   

Neste vídeo, converso sobre como a relação médico-paciente é moldada pelas personalidades e experiências individuais tanto do médico quanto do paciente, envolvendo expectativas, percepções e necessidades distintas. 

29 de novembro de 2024

ANAMNESE DO SUBJETIVO: A EXPERIÊNCIA DO PACIENTE

#experienciadocliente #anamnese #subjetivo #entrevistaclínica  #consultamedica #raciocinioclinico #semiologiamedica #ccmufpb #medicina #diagnostico #aprendizado #educação   

Neste vídeo, inicio uma discussão sobre a anamnese do subjetivo, abordando a realidade subjetiva do doente para obter uma perspectiva humanizada na prática de profissionais da saúde.